domingo, 28 de setembro de 2008

Uma obra premiada e publicada


O Calçadão do Mercado Velho, foi palco na tarde de sábado 27, de solenidade oficial da entrega dos premios para os trabalhos premiados e classificados, que concorrerem ao 1º Prêmio de Literatura da Fundação Garibaldi Brasil.


Este blogueiro estava concorrendo e foi classificado com um ralato contando a história do meu pai. Ele aportou no Acre em 1944 como Soldado da Borracha. Está a disposiçao dos leitores nas páginas 144 a 147 do livro NOVA LITERATURA ACREANA e agora aqui no blog. Não havia publicado antes porque para concorrer ao prêmio tinha necessáriamente que ser uma obra inédita. Ei-la:






O EX “SOLDADO DA BORRACHA” EMPLACOU 83 ANOS

Dono de uma rica história de vida, Raul ficou perdido no tempo em que correspondência, era uma carta escrita “de próprio punho”. E é assim que ainda hoje se comunica com um filho que mora no Acre.

A memória o mantém lúcido para direcionar o raciocínio ao tema pretendido. As mãos no entanto, transformam em “garranchos” tão sábias pálavras. Algumas tornam-se incompreensivas mas ao final, tudo fica esclarecido.
Ele ainda pede descupas pelas maus traçadas linhas. Tal pedido nem é levado em conta, se não consegue colocar no papel o pensamento que sai do cérebro e a emoção que lhe vem do coração.

Ao longo da jornada deste cearence “nato”, existem fases de anonimato. Lampejo de remotas lembranças como filho de lavradores nordestinos, insistentes e persistentes em arrancar do solo o alimento que o sol causticantes não permitia. Tempos difíceis! Relembra.

Noutras épocas, lembra com extrema lucidez as múltiplas fases de sua vida. Narra como se tudo estivesse gravado em vídeo-tape e pudesse ser exibido quantas vezes necessárias, agora em forma de “causos”, para satisfazer a curiosidade dos netos.

Assim, Raul nos conta que: Em 1942 instigados pela Alemanha nazista de Hitller, eclode a Segunda Grande Guerra Mundial.

Foram tantos os navios mercantes brasileiros torpedeados por submarinos americanos - disfarçados de japoneses – para fazer o Brasil de Getúlio Vargas sair do muro, que não restou a nossa Pátria, outra alternativa que não fosse se envolver em uma guerra que não era nossa.

Eu, aqui extremo norte do Brasi, na fronteira com a Bolívia, me sinto de certa forma, filho desta guerra.

Na versão de seu “Raul”, coube ao Brasil como aliado dos Estados Unidos, fornecer a borracha para fabricaçao de pneus e suprir as necessidades da guerra..
A China, no continente asiático, antes aliada dos americanos como sua principal fornecedora de pneus, também estava em guerra, mas ao lado do inimigo.

Em nosso País, sobrava na região Amazônica, as árvores que delas se extraíam o látex para a fabricação da borracha. Nos faltava porém, a mão de obra para a produção em escala industrial.
Assim, se arregimentaram jovens das regiões mais pobres do Pais. O Nordeste era castigado pela seca e sua população subjugada as maiores necessidades. Não havia campo de trabalhao para tantos desempregados.

Para milhares de jovens, conhecer à Amazônia, cortar seringa a pedido do Governo do seu País. Usar farda do Exército, receber o título de “Soldado da Borracha” e ainda ganhar dinheiro, era mais que um sonho. A convocação para a guerra era, para muitos, uma “festa”!
A história conta que milhares de jovens se alistavam expontâneamente. E em meio a esse cenário de excluídos, o jovem “Raul” desembarcou de um navio gaiola a vapor nos barrancos do Rio Acre, nos idos de 1944. Não conseguia disfarçar à ansiedade, a curiosidade e... o medo.

No Acre, a desorganização era geral...! Não haviam lugares suficientes para “alojar” tanta gente até que as “estradas de seringas” onde iam trabalhar nos seringais distantes da cidade, ficassem prontas.

Diariamente dezenas de “soldados” eram levados para o interior de uma selva inóspita, cheia de bichos, índios, doenças e... mistérios.

No interior da floresta, os jovens “arigós” (nome dado pelos nativos aos recém chegados cearenses) perdiam referências com as famílias e os amigos.

Na cidade, a cada retorno dos batelões que os haviam levados aos seringais, quem ficara na cidade corria ao porto em busca de informação dos amigos que tinham partido.
As notícias porém, eram sempre catastróficas.
“O índio matou... A onça comeu.... ou morrido de “impaludismo”.

Enquanto isso na cidade onde ficou aguardando sua colocação, com centenas de outros “soldados”, Raul fazia “bicos” trabalhando em um aviário de propriedade do Governo do Território Federal do Acre, localizado a época, nas imediações do antigo Detran e atual séde do Incra, no bairro Aviário.
O trabalho era praticamente voluntário. Lhe garantia apenas às necessecidades básicas, como a comida e pernoite.

“Rual” usava a mesma farda que destribuíram aos jovens recrutas e no bolso esquerdo da túnica, em cor de “Caqui”, ás iniciais R.N.S. Naturais do seu nome próprio: Raimundo Nonato de Souza.

Uma mentira que lhe salvou a vida

Meses depois de espera foi informado que iria entrar para o “centro”. Para ele havia chegado o grande dia. Saberia finalmente o nome do seringal e a colocação onde iria trabalhar no corte da seringa.
“Raul” me confessou que jamais havia visto uma seringuerira em sua vida e não tinha noções de como usar uma faca torta chamada de “faca de seringa”.
Todos os conhecidos e companheiros de viajem do Ceará ao Acre que tinham se “embrenhado” na mata, haviam morrido. Pelo menos, era a notícia que ele tinha.

Enfileirados em frente ao Palácio Rio Branco, os jovens “Soldados da Borracha” respondiam presente e formavam outra fila ao lado, a cada identificação de chamada.

O jovem e esperto “Raul”, colocara o cérebro a trabalhar em alta rotação em busca de uma saída para se livrar de tão terrível destino.
Avaliava suas possibilidades de sobreviver ao impaludismo, ao ataque das onças e as flexas dos indios.

Não tinha a menor vocação para ser seringueiro nem se imaginava saindo às escuras mata a dentro, em plena madrugada, para riscar árvores e lhes arracar o leite.

Esses turbilhões de incertezas e medo lhe inundavam o cérebro. O jovem arigó tinha convicções convicção que suas chances de sobrevivência como seringueiro eram nulas.

Se não encontrasse uma saída, também iria morrer. Meio que petrificado, sentiu seu corpo estremecer como se atingindo por uma descarga eletrica.

Alguém o chamava pelo nome.

- Raimundo Nonato de Souza!

Sua primeira reação foi ficar “mudo”. E assim permaneceu até o fim da chamada e só ele restasse da imensa fila. Não havia mais ninguém para ser chamado naquele dia.. Isso intrigou o oficial que recrutava os novos soldados para os seringais.

O superior se aproximou e olhou firmemente nos olhos daquele jovem que lhe parecia assustado. Conferiu as iniciais em sua túnica. R.N.S. e perguntou:

- Você não é o Raimundo Nonato de Souza? Porque não respondeu a chamada?

- E ele: Meu nome é Raul, senhor... Raul Nonato de Souza.

Não havia nenhuma colocação em nome de Raul. Ele foi dispensado. Em 1982, há exatos 25 anos, conheci seu “Raul”, no muncípio de Pacajus (CE) distante 92 km da cidade de Fortaleza, onde reside até hoje.
Na epoca, eu tinha 28 anos e acabara de fazer uma longa viajem desde o Estado do Acre, apenas para conhecê-lo e ouvir sua história. Morria de curiosidade para saber como um Raimundo, (assim como eu) havia chegado a velhice sendo conhecido por “Raul”.

É que a mulher com quem ele casou-se no Acre, (Maria Ceci de Souza) e mãe dos seus dois primeiros filhos, jurava não saber do “apelido”. Ela contava aos filhos que havia namorado e casado com o “Raul” e só soube que seu legítimo nome era Raimundo, na igreja.

Pode nos parecer estranho mas a ela, isso não tinha a menor importância. Era apenas um detalhe insignificante para uma jovem apaixona que só queria casar e ser feliz.

Há 25 anos, sentados lado a lado em um banco ao redor uma mesa de madeira toscas embaixo de um frondoso cajueiro, a verdade finalmente foi dita. Seu “Raul” revelou-me o “grande segredo”.

- “Eu disse que meu nome era Raul, porque tive medo de ir para o seringal. Só ouvia falar na morte dos meus amigos e conhecidos que se foram para o interior da mata. Eu tinha certeza que se eu fosse, também morreria... E concluiu: “Hoje tenho convicção que foi essa mentira que me salvou a vida. Por isso estou aqui lhe contando a história.
Não sou de mentir, mas dessa vez foi uma boa causa. Não foi não?

- Claro que sim! Respondi e lhe dei um forte abraço.

Essa primeira conversa entre eu e ele varou a madrugada. Tinhamos assuntos pendentes dos últimos 28 anos. Foi bom demais. Após isso, nos encontramos novamente, desta vez, no Acre em 1992. Mas isso é uma outra história.
Há!...quase esqueci de um detalhe importante. Seu “Raul” ou Raimundo Nonato de Souza, como queiram, é meu PAI. Isso explica porque meu nome é Raimundo Nonato de Souza Filho.
Na época em que nasci em 1954, não havia o “modismo” de se colocar o nome “Júnior” nos filhos. Como consolo, por não me chamar Junior, parte da minha família parterna me trata carinhosamente der “Raulzinho”. Para mim, isso é bom demais....

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Liberdade Condicional

Batista ficará no présidio até ganhar novo benefício que o coleoque em liberdade condional

Cuturalmente não estamos aptos a ressocializar presos

Francisco Gomes Batista Júnior 26, presidiário em liberdade condicional - por conta das leis “boazinhas” -, barbarizou o ancião Francisco Fernandes Aguiar 83, morador da Rua José Pereira Gurgel 558, município de Bujari, para roubar R$ 400,00. Uma violência desmedida praticada contra um idoso que mal consegue se manter em pé. O crime ocorreu no final da tarde da última quinta-feira, 25/09.

Diariamente a mídia pública ações de violência praticada por presidiários em liberdade condicional. Tudo por conta do sociólogo Fernando Henrique Cardoso que no Governo, afrouxou as leis de execuções penais e substituiu a punição pela ressocialização, sem levar em conta que ao expandir o benefício no atacado, alcançou facínoras que não conseguem viver sem as mãos sujas com o sangue dos seus semelhantes.

Não basta o cumprimento de determinado período de pena para dar direito a liberdade condicional, especialmente quando a única condição exigida do apenado é para que ele retorne para dormir no presídio ao fim do dia, ficando o resto do tempo livre para assaltar, matar e estuprar, e mais comumente, traficar entorpecentes ilícitos.

O caso do monstrinho do Bujari, não é exceção. É regra, estabelecida pelos presos em liberdade condicional. Pode parecer hilário mas a realidade é que para uma imensa maioria da população carcerária, viver no presídio é garantia de alimento, segurança e saúde. Aqui fora, o que render é lucro.

Não sou contra ao cumprimento das leis que dão garantias individuais a todos os brasileiros. Mas pensando bem, se um criminoso tem direito a três refeições balanceadas por dia, um trabalhador honrado não pode passar fome com sua família.
Não é justo garantir todos os preceitos constitucionais para uma pessoa só porque está presa, é índio, preto ou amarelo. Somos todos iguais perante a lei. O resto é hipocrisia. (Com informações e fotos do site www.ecosdanoticia.com)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Porque panificadoras não querem a fécula


Porque panificadoras não querem aceitar
mistura da fécula de mandioca ao trigo


Ainda sobre à aprovação da Lei (pelo Senado Federal) que determina à mistura de fécula de mandioca a farinha de trigo para fabricação de pães e biscoitos, há algo que a população precisa saber e ainda não foi dito.
Maior parte dos empresários do ramo de panificações é contrária a mistura da fécula de mandioca a farinha do trigo e justificam as mais absurdas e estapafúrdias alegações, para defenderem seus pontos de vistas. Defesa que naturalmente aceitamos, mas não concordamos.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação no Acre (Sindpan), Abrahão Felício, por exemplo, diz que as panificadoras que vendem seus produtos diretos ao consumidor, não têm interesse de trabalhar com a farinha de mandioca e justifica:
"Com certeza essa mistura altera a qualidade do produto. Além disso, na entressafra a farinha de mandioca fica até mais cara, então, economicamente, para as panificadoras, não é viável, porém, socialmente falando, esse projeto é muito bom para os produtores, são muitas famílias que produzem mandioca e que serão beneficiadas."

As declarações do empresário acreano, não diferem das declarações dos empresários do sul, nordeste ou sudeste do País. Isso, porém não implica desconhecer o assunto e tão pouco, falta de informação. Na prática, é o “pulo do gato” dos empresários, para aumentar lucros e manter os preços atuais.

O professor e PhD no assunto, Joselito Motta, pesquisador do Centro de Mandiocultura da Embrapa de Cruz das Almas, município encravado no recôncavo Baiano, garante em palestras para engenheiros, extensionistas, pesquisadores e professores universitários:

“O processo de mistura já vem sendo utilizado pelas grandes panificadoras de forma camuflada. Ao mesmo tempo em que os empresários garantem que a mistura não presta, aumentam seus lucros adicionando fécula de mandioca a farinha de trigo, triplicando o estoque de trigo em seus depósitos. Assim dobram seus lucros e mantém os preços atuais”.

Ainda segundo Joselito Motta, amostras de conhecidas marcas de farinha de trigo pesquisadas nos laboratórios da Embrapa, comprovaram existência, em alguns casos, de até 17% de fécula de mandioca na fabricação do pãozinho francês. E garante: “os consumidores nem percebem diferencia”.

Ocorre que: sendo a mistura oficializada, as grandes panificadoras seriam obrigas a baixarem o preço do pão, biscoito e bolacha. Isso não interessa aos empresários e, portanto, contra- atacam desqualificando um produto que na realidade já utilizam, só que de maneira clandestina.
O leitor aí acredita que se não fosse para levar vantagens, os donos de postos de gasolina iriam misturá-la com solventes de forma ilegal. Além do mais, como se pode afirmar que: essa mistura altera a qualidade do produto se ainda não fez uso dessa mistura?

sábado, 20 de setembro de 2008

A GUERRA DA FUMAÇA



Rondonia, Bolivia e sul do Amazonas, não perdem por esperar

Sobre a capital do Acre, Rio Branco, paira uma densa camada de fumaça encobrindo o topo dos prédios e árvores. Na sexta-feira 19, fotos tiradas do alto do edifício Centro Empresarial Rio Branco, comprovam a "bagaceira".

Mesmo o Acre estando em chamas devido as queimadas rurais descontroladas, às autoridades insistem em dizer que o fumacê, vem de Rondônia, da Bolívia e do Sul do Amazonas.

Por dedução e, sendo a mentira verdade, a fumaça produzida no Acre está neste instante sendo levada pelos eventos, em direçao aos estados vizinhos e para a Bolívia.

Pelo menos assim, ficam sabendo que se querem nos matar asfixciados com fumaça, temos plenas condições de dar o "troco".
Na outra ponta da controversia, estão centenas de pessoas adultas e crianças, lotando postos, centros de saúde e o Pronto Socorro, com problemas rspiratórios.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Maravilhas do cotidiano





Os milagres que faltavam em sua vida

Gente recebi essas maravilhas por e-mail e achei uma injustiça não compartilhar com voces que eventualmente acessam meu boog.


Vejam só as obras de arte ai em cima.. rs

Entenda os protestos da oposição na Bolívia


A Bolívia vem sendo palco há semanas de violentos protestos nos departamentos (Estados) do leste do país, e as manifestações ameaçam a exportação de gás boliviano para seus vizinhos, entre eles o Brasil.
A BBC preparou uma série de perguntas e respostas para ajudar você a entender a crise.

Por que a oposição está protestando na Bolívia?

A oposição na Bolívia quer que o presidente Evo Morales volte atrás em sua decisão de cortar os repasses para os departamentos do dinheiro obtido com impostos sobre gás e petróleo.
O presidente diz estar usando o dinheiro para custear uma pensão para os idosos do país.
Os departamentos argumentam que são responsáveis pela produção da maior parte das commodities que geram o imposto e, por isso, deveriam ser mais beneficiados por eles, para que possam investir na melhoria da condição de vida de suas populações.
Os protestos também são contra a nova Constituição, cujo texto foi aprovado no fim do ano passado sem o apoio da oposição.
O texto da Carta Magna dá mais poder aos indígenas bolivianos - que representam 60% da população do país, de acordo com o último censo - e confirma a nacionalização dos recursos naturais.
Segundo o analista da BBC James Painter, a Constituição ameaça os negócios e as elites agrárias do departamento de Santa Cruz – onde vive 25% da população boliviana. As propostas para limitar as posses de terra e promover a reforma agrária provocaram fortes reações dos latifundiários locais.
Para que entre em vigor, o texto ainda precisa ser aprovado em um referendo, que foi convocado por Evo Morales para dezembro.
Onde os protestos estão acontecendo?
Os departamentos bolivianos de Tarija, Santa Cruz, Beni, Pando e Chuquisaca (que juntos foram a região conhecida como "Meia Lua") pleiteiam maior autonomia e têm sido palco há meses de protestos contra Morales.
Eles ficam no leste da Bolívia e são os departamentos mais ricos do país, graças principalmente à produção de gás e soja.
O departamento de Tarija, por exemplo, possui mais de 80% das reservas de gás bolivianas.
O oeste da Bolívia, onde vive a maior parte da população indígena, é a região em que o presidente conta com mais apoio.
Como a oposição vem protestando?
Nas últimas semanas, os manifestantes vêm bloqueando estradas e tomando aeroportos e estações de trem.
Também ocorreram bloqueios nos postos de fronteira com o Brasil. As pessoas têm sido impedidas de ir de um país para o outro, e o bloqueio também impede o fluxo normal de mercadorias.
Os manifestantes também têm realizado violentos protestos, frequentemente entrando em choque com forças de segurança. Isso tem forçado escolas, estabelecimentos comerciais e repartições públicas a fechar as portas.
Mas o protesto mais temido pelos brasileiros é a possível interrupção no envio de gás boliviano ao Brasil.
No dia 9 de setembro, uma instalação de produção de gás foi tomada pelos manifestantes e, no dia seguinte, uma explosão atingiu um gasoduto, provocando um corte de 10% no envio de gás para o território brasileiro, de acordo com autoridades bolivianas.
Qual é o impacto de uma interrupção no fornecimento de gás boliviano?
Só o Brasil recebe diariamente cerca de 31 milhões de metros cúbicos de gás boliviano. A Argentina, outros 2,5 milhões de metros cúbicos.
"Seria grave se o fornecimento de gás boliviano fosse interrompido", disse à BBC o economista Martín Krause, do Centro de Investigação de Instituições e Mercados da Argentina. "No Brasil, a indústria de São Paulo seria afetada e, na Argentina, fábricas e residências."
Cerca de 75% do gás consumido pela indústria paulista é fornecido pela Bolívia.
Mas não só os vizinhos da Bolívia seriam afetados por uma interrupção – o próprio país andino pode sofrer prejuízos, já que lucra US$ 2 bilhões por ano com as exportações.
Quais são as implicações políticas dos protestos para Evo Morales?
O presidente saiu vitorioso em um referendo revogatório realizado em agosto de 2008, sendo reconduzido ao cargo pelo voto popular.
A votação mostrou a força política de Morales e deu fôlego para o presidente seguir em frente com as reformas que julga necessárias para beneficiar os mais pobres na Bolívia.
Mas o mesmo referendo reconfirmou no poder governadores dos departamentos dominados pela oposição.
A Bolívia tem um longo histórico de governos instáveis e organizações civis fortes que pressionam o Estado para que atenda suas exigências, e não está claro se Morales conseguirá resistir a essa pressão.
"Na Bolívia, estamos acostumados com os precipícios, mas dizem que sempre voltamos para trás quando chegamos à beira", disse Rosanna Barragan, historiadora e diretora do Arquivo de La Paz.
Para Barragan, a situação atual representa uma das piores crises internas já vividas pelo país.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Crime ao meio ambiente

Ações de ambientalistas “oxigenando” o pulmão do mundo
A impunidade se juntou a corrupção para transformar nosso amado Brasil, em paraíso dos ladrões, delinqüentes e foras da lei. Na semana passada, falei aqui na inércia dos órgãos voltados a fiscalização e punição dos crimes contra o meio-ambiente. Dizia eu que para mostrar serviço colocam fiscais de plantão para multar donas de casa que tocam fogo no lixo doméstico.
Soube que o conhecido fotógrafo Edson Caetano teria sofrido pesada multa porque atou fogo aos monturos que retirou do quintal, ainda que preocupado com eventual alastramento das chamas, estivesse equipados com água para evitar algum acidente.
Uma hipocrisia sem cabimento se comparado aos crimes ambientais praticados na zona rural onde milhares de hectares de florestas são destruídos pelo fogo todos os anos, sem que os responsáveis sejam sequer identificados.
A foto estampada ai, tirada do site http://raimari.blogspot.com/ mostra o zelo dos nossos organismos ambientais para com nossas florestas. O quanto estão preocupados com a preservação do meio ambiente. Tudo balela... para encher os olhos e secar os bolsos das ONG internacionais, que mandam quilos de dinheiros para salvar o pulmão do mundo. Quanta baboseira.
Esses dias meu genro me perguntava de onde veio o termo “florestania”. Respondi-lhe que o saiu da idéia de promover cidadania as populações tradicionais. As pessoas que habitam nossas florestas. Mas que, no entanto, é preciso preservar a natureza. Não havendo mais florestas, o termo “florestania” perde sua razão de existir.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Intransigência e radicalismo

Coflitos sangrantos deixam rastro de destruição e mortes na Bolívia (fotos Alexandre Lima)
Bolivianos contra ou a favor de Evo
Morales se matam em lutas campais

A intransigência entre os dois lados (Governo e Oposição), já teriam causado 18 mortes na região do Pando (Bolívia). Algumas delas em Cobija, nossos vizinhos bolivianos mais próximos. Os departamentos (estados) considerados “ricos” não aceitam o corte nos repasses de impostos pelo Governo Federal, ao mesmo tempo em que reivindicam autonomia política e administrativa. Uma contradição impar, na visão e análise de um leigo em política internacional.

Evo Morales teria cortado 95% dos repasses a esses Departamentos, pela venda do gás ao Brasil e Argentina. Esse dinheiro seria canalizado para a criação de aposentadorias a serem pagas aos idosos. Uma política populista que justifica a existência de tantos adeptos que lutam por suas idéias.

Acredito ser uma espécie de Funrural, a moda brasileira. E convenhamos, a causa é nobre. No entanto, são muitos os bolivianos contrários a velha máxima de se “cobrir um santo para descobrir outro”.

Por outro lado, há de se questionar como um estado que luta por autonomia política e administrativa, provoca banho de sangue para manter as benesses de um Governo do qual quer se desvencilhar. É como o filho do milionário que critica o enriquecimento ilícito do pai, mas não abre mão da gorda mesada ao fim de cada mês.

Enfim, como não entendo patavinas de política internacional e menos ainda da política social boliviana, assisto consternado a perda de vidas humanas em lutas campais entre irmãos da mesma raça, do mesmo sangue.

correndo atraz das drogas



PF DE CRUZEIRO DO SUL ADQUIRE NOVA EMBARCAÇÃO


RIO BRANCO/AC - A Delegacia da Polícia Federal em Cruzeiro do Sul/AC adquiriu um equipamento indispensável para o patrulhamento através dos rios, afluentes e lagos no Vale do Juruá, bastante eficaz no combate ao nárco-tráfico.
Trata-se de um embarcação com 8 metros de comprimento e de um motor de rabeta de 23 HP. Além do uso contra ao tráfico a embarcação servirá também para patrulhamento da região, visando coibir os crimes ambientais e servir para deslocamentos do efetivo na região.
A embarcação foi adquirida com recursos da Superintendência Regional da Policia Federal no Estado do Acre. Será descaracterizada para não chamar à atenção durante as ação de investigação e já está sendo utilizada no Vale do Juruá.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Motorista se refrescando



Altas temperaturas nos deixam de “juizo mole”

Contam línguas ferinas, que motorista oficial em viajem de trabalho entre os municípios de Feijó e Manoel Urbano, ficou tão imensamente gratificado com a presença do Rio Purus, após horas viajando com o ar condicionado da Hilux danificado, que simplesmente esqueceu de frear antes de se jogar na água com carro e tudo.
Lógico que deve haver aí uma boa dose de exagero. Mais o fato é que o veículo foi mesmo parar dentro do rio, conforme testemunhou e registrou um Paparazzi de plantão
.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Cadastro Nacional de Adoções


Arquivos não deletados revelam reportagem censuradas

Leio na mídia local que o Acre será incluído no banco nacional de adoções. Isso condicionou uma pesquisa nos arquivos do meu cérebro, para trazer a tona uma história real que investiguei como repórter policial do Jornal A GAZETA em 2002.
Ai ao lado, no meu perfil, rogo viver o suficiente para um dia escrever realmente o que penso. Se acaso alguém, não entendeu o significado do “enigma”, aqui vai um pequeno exemplo do que um dia escreverei, citando o nome dos bois.
Uma família do Bujari estava em guerra aberta na disputa por herança. Um dos filhos de uma funcionária pública e ré na disputa judicial da herança, me procurou para delatar a própria mãe. Disse que ela fazia parte de um esquema fraudulento de ações internacionais.
Todo “esquema” começava na enfermaria da Santa Casa e terminava no cartório judiciário do Bujari.
Segundo o informante, sua mãe era quem pagava pessoas carentes de Rio Branco para afirmarem em cartório que moravam do Município do Bujarí e para comprovar endereço, emprestava sua própria casa.
Isso justificava o processo de adoção transitar pelo cartório local. Tudo com anuência do chefe cartorário local.
Foi a parti daí que descobrir que no cartório judiciário do Bujari eram feitos os processos de adoção fraudulentos que possibilitavam estrangeiros: franceses, italianos e portugueses sair com crianças legalmente adotadas no Acre, em menos de 30 dias de haverem desembarcado em Rio Branco.
Ora, um processo de adoção internacional por vias legais, demora em média 2 anos.
Para qualquer repórter, “escancarar” o podre dos poderosos e expor as entranhas de uma quadrilha onde se evidenciava a participação de integrantes de judiciário, ministério público e igreja, era o “píncaro” da glória.
Para a missão de desbaratar a “quadrilha” e ter o suporte técnicos necessário, me aliei uma emissora de TV. Foi assim que conseguimos fazer horas de gravações com câmara escondida, adquirindo provas evidenciadas por nossos investigados. Através da emissora afiliada local, passei a ser contactado diariamente pela produção do Fantásticos da Rede Globo. Eu precisava apenas amarrar alguns nós e comprovar alguma informações para a equipe do programa aportar em Rio Branco.
Tive acesso a documentos oficias que ligavam importante advogado (a) do Acre a organizações internacionais. Essa pessoa recebia na época, U$ 5 mil por adoção. Já tinha inclusive sido ouvida em inquérito instaurado pela Polícia Federal.
Como o inquérito correia em segredo de justiça, o nome das pessoas não poderiam ser mencionados. Mas posso adiantar que durante as investigações, apareceram nomes de desembargador (que assinava os processos mesmo estando de licença ou de férias), promotores que acordavam com tudo em nome de uma suposta “boa causa”, autoridades religiosas (baseadas em Cruzeiro do Sul), assistente sociais, enfermeiros da Santa Casa de Misericórdia e chefe de cartório do Bujari.
Tudo foi levantado com mais de 30 dias de investigação. Quando finalmente apresentei o material para meu editor “lambe-botas” de triste memória a que atendia pelo nome de Jaime Moreira, o mundo veio abaixo e fui “proibido” de divulgar qualquer linha relacionada ao assunto.
De nada adiantaram meus argumentos que as crianças acreanas poderiam servir de matéria prima para os traficantes internacionais de órgão humanos. Estávamos às vésperas de uma campanha eleitoral. Um parente muito próximo do advogado (a) mencionado no inquérito era candidato ao governo do Acre e aliado ao PMDB, inimigo histórico do PT que despontava com chances reais de ganhar a eleição.
Assim, todo material foi jogado no lixo e a equipe do Fantástico cancelou a agenda que estava marcada para o Acre.
Meu prêmio Esso de Jornalismo foi pelo ralo e anos após, o mesmo editor, defendendo mais uma vez o patrão, disse em em frente a juiza que decidia uma causa trabalhista em minha defesa, que eu era um jornalista “medíocre”.
No final da audiência e longe dos ouvidos da juíza, eu disse a ele quem era medíocre e porque.
UM dia, quando tiver independência pra isso, contarei essa história dando nomes, números e datas.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A VIDA POR UM SONHO

As 74 cápsula de cocaína retiradas do intestino do traficante durante a necrópsia no IML

Traficante boliviano ingere 74 cápsulas de coca e morre de overdose


O traficante boliviano Y.G.M 34, natural da Bolívia, faleceu na sexta-feira 5, pela manhã no pronto socorro de Rio Branco/AC. Ela e sua companheira E. A. S., brasileira, 31 anos, foram presos pela DRE da PF/AC na Santa Casa e conduzidos ao pronto socorro de Rio Branco quinta-feira à noite quando ele foi detido com 74 cápsulas de cocaína no estomago.

Segundo depoimentos dela à Polícia Federal, teriam se conhecido há aproximadamente 3 anos numa de suas viagens à Santa Cruz na Bolívia.. Estariam casados há 3 meses e faziam planos de juntos irem ganhar a vida na Espanha.

Dois irmãos de Y. que residem na Espanha teriam enviado US$ 1000,00 para que ele adquirisse um veículo que o permitisse adquirir um veículo para ganhar a vida. No entanto ele intencionava mudar-se com sua companheira para a Europa e arquitetou um plano para ganhar dinheiro mais rápido através do tráfico de drogas.

Y.G.M., segundo depoimento de E. A.S., teria adquirido a droga em La Paz e vieram de avião até próximo a fronteira com o Brasil nos arredores de Cobija onde embarcaram num Taxi com destino a Rio Branco/AC.

Ao chegar na casa dos pais de E.A.S. na capital acreana, Y. se sentiu mal e foi à Santa Casa onde foi interceptado pela DRE da PF/AC e conduzido até o pronto-socorro.

O corpo médico conseguiu que Y. G.M. expelisse duas cápsulas, no entanto, aparentemente o invólucro da substância entorpecente remanescente no estomago dele, identificada pela perícia da Polícia Federal como sendo cocaína, era frágil e rompeu-se o que ocasionou o seu óbito. O corpo foi levado ao IML local para perícia necroscópica e retirada da droga.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

EM DEFESA DO MEIO AMBIENTE



Dia da Amazônia é lembrado com
passeata no centro de Rio Branco


Empunhando faixas, cartazes e gritando palavras de ordem, os 345 alunos da Escola Infantil Menino Jesus - localizada na Av. Marechal Deodoro - desfilaram em passeata pelas principais avenidas centrais de Rio Branco, em comemoração ao “Dia da Amazônia”, comemorado nacionalmente amanhã, dia 5 de setembro.

Os estudantes com faixa etária entre 4, 5 e 6 anos, sob olhares atentos e de pais e mestres, receberam apoio da Companhia Estadual de Trânsito e dos condutores de modo em geral. Não houve reclamações pelo natural congestionamento e ainda teceram elogios pela a iniciativa da direção da escola. O taxista Pedro Otacílio, por exemplo, disse que: “se as gerações passadas tivessem agido assim, muitas das agressões ao meio ambiente teriam sido evitadas”.

A diretora da instituição de ensino “Menino Jesus”, Rose Callado afirmou: “o objetivo da passeata é mesmo chamar à atenção da população para a necessidade de preservação do meio ambiente e dos nossos recursos naturais”.

Ela avalia que é importante “alimentar tais sentimentos de forma precoce, com foco em resultados positivos no futuro.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Demagogia política

Candidata “filhinha de papai” se diz

preocupada coma a saúde do povão

Candidata a vereadora, filha de tradicional político e empresário de Cruzeiro do Sul e dona do segundo maior patrimônio de todo Vale do Juruá. Ex- dirigente de alguns órgãos públicos se apresenta ao eleitorado, como uma pessoa indignada com o atendimento médico dispensado a sua pessoa por ser uma pessoa simples e do povo... Imaginem!!!

A moça, ao que se sabe, nunca teve que ir durante a madrugada para a fila da Fundação Hospital do Acre (FUNDHACRE) ou dos centros de saúde em busca de uma ficha médica, menos ainda aguardar durante 60 dias para receber o resultado de um exame que o médico pediu com a máxima urgência... Aqui ó!

É contra esse tipo de candidato que alertamos os eleitores aqui no blog. O eleitor deve ficar atento e analisar com muita atenção o perfil de cada candidato, antes de votar. Quem engana antes de ser eleito, dá provas irrefutáveis do que irá fazer se for eleito.

O blog não se dispõe a trabalhar contra ou favor de nenhuma candidatura até porque isso seria crime eleitoral. O que pretendemos é alertar os eleitores, especialmente os incautos a não caírem na lábia de pessoas oportunistas que fazem da política, o caminho mais curto para o enriquecimento ilícito, através do roubo, da mentira e da corrupção.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Lei insana

Dezenas de metros cúbicos de madeira apreendidas pelo Imac viram cinzas, próximo ao Bujari
Madeira apreendida pelo Imac vira
cinza mais não pode ser aproveita

No ano passado, pequeno produtor rural, por ignorância ou esperteza, pagou para derrubarem algumas árvores de uma área de reserva florestal em uma fazenda próxima ao Município do Bujari.
Denunciado por visinhos, o colono foi autuado por crime ambiental e a madeira apreendida. O próprio réu foi indicado como fiel depositário da madeira.
Contou-me o infrator que ao mandar “tirar a madeira” a idéia era fazer barrotes para cercar a propriedade, estaqueamento para um pomar de maracujás, galpões para criação de frangos, enfim, utilidade para a madeira era o que não faltava.
Com o confisco e pesada multa, a madeira ficou intocável e ai de quem se atrevesse retirar uma “lasquinha da madeira”.
Pessoalmente estive no Imac, procurando informações sobre uma forma racional de uso da madeira prevendo que no próximo verão ela poderia ser transformada em cinzas. Tenho uma pequena propriedade no local. É comum moradores de chácaras vizinhas, atearem fogo nos pastos, sem se importarem com as implicações legais que tal gesto acarreta.
No último final de semana o fogaréu tomou conta de tudo. Os bombeiros foram acionados e contiveram as chamas que se alastrava pelo capim seco mas nada puderam fazer para debelar o fogo que consome as toras de madeira, lenta e inexoravelmente, até que tudo seja transformado em um monte de cinzas.
Sobre o autor do incêndio ninguém sabe ninguém viu. No julgamento do processo, daqui uns 15 anos a Justiça, deve apresentar como prova do crime algumas fotos ou dezenas de sacas de cinzas.
Não seria mais justo se aproveitar a madeira sem nenhum prejuízo das implicações legais cabíveis em quem as derrubou?
Para que servem madeiras queimadas.
O legislador caquético e sem noção, deve está se questionando sobre a porcaria de lei que criou e arrependido por contribuir com tamanho desperdiço. Uma lástima.