quarta-feira, 26 de março de 2008

Operação “Semana Santa” registrou 39 acidentes, com 25 feridos e duas mortes

Dados da 21ª SRPRF confirmam a ocorrência de 39 acidentes com 25 feridos e 02 mortos, durante o feriadão da Semana Santa, nos 4.700 km de estradas e rodovias federais que cortam os estados de Rondônia e Acre. A mesma fonte afirma que 14 pessoas foram detidas e 01 menor foi apreendido.
No período 3.061 veículos autuados, 105 veículos retidos, 02 animais recolhidos 78 Cds e DVDs apreendidos 01 Arma de fogo apreendida. A operação “Semana Santa” nas rodovias federais do País faz parte do calendário de atividades anuais da Polícia Rodoviária Federal e acontece entre os dias 20 e 23 de março.

No Acre PRF fiscaliza 950 km de estradas federais

O Estado do Acre é atendido por uma malha viária federal que chega aos 1.500 km distribuídos pelas Brs 364 e 317. Deste total, só 950 km recebem fiscalização dos patrulheiros rodoviários.
Pela BR-364 a PRF percorre 258 km entre a balsa sobre o Rio Abunã (no Estado de Rondônia) até Rio Branco/AC e mais 145 km até o Município de Sena Madureira. Na BR-317, são fiscalizados 190 km até o Município de Boca do Acre/AM e mais 330 km até o Município de Assis Brasil/AC.

Os 550 km restantes são completamente despoliciados pela PRF por falta de tráfego. Tal situação deve perdurar pelo menos até 2010, prazo definido pelo Governo do Estado para concluir a pavimentação com asfalto da BR-364, entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul.

Na capital, Rio Branco, a Companhia Estadual de Transito - CIATRAN registrou no período, 44 acidentem assim distribuídos: 20 acidentes com vitimas, 23 acidentes sem vitimas e um acidente com vítima fatal ocorrido na estrada do Sobral.

No País os números de mortos e feridos estão caindo

De acordo com dados e estatísticas da própria Polícia Rodoviária Federal o número de mortos e feridos por acidentes nas rodovias federais do País, tem registrado uma redução moderada. Em 2003, foram registrados 1.816 acidentes com 110 mortos e 1.188 feridos. Em 2007 esse número caiu para 1.744 Acidentes, 79 mortos e 1.151 feridos.
Rigor contra o álcool continua – A fiscalização sobre a venda e oferta de bebidas alcoólicas às margens das rodovias federais continuo no feriado prolongado. Desde 1º de fevereiro, quando a MP 415 entrou em vigor, os agentes da PRF fiscalizaram 14.664 estabelecimentos e autuaram 1.642.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Hoje, 19 de março é Dia de São José

Para pedir graça a São José


No dia 19 de março, escreva em pequenos pedaços de papel todos os nomes de frutas que lembrar. Pense em algo que queira muito, mas ache difícil de alcançar. Tem que ser um desejo justo.
Dobre os papeizinhos e coloque numa vasilha. Faça o pedido a São José e tire um dos papeizinhos. Fique um ano sem comer aquela fruta. Evite até as comidas que possam levar a fruta. Evite chocolates também. Se o pedido for justo ele vai acontecer naquele ano.


Oração para São José

Ó glorioso São José, a quem foi dado o poder de tornar possível as coisas humanamente impossíveis, vinde em nosso auxílio nas dificuldades em que nos achamos.
Tomai sob vossa proteção a causa importante que vos confiamos, para que tenha uma solução favorável.
Ó Pai muito amado, em vós depositamos toda a confiança. Que ninguém possa jamais dizer que vos invocamos em vão. Já que tudo podeis junto a Jesus e Maria, mostrai-nos que vossa bondade é igual ao vosso poder.

São José, a quem Deus confiou o cuidado da mais santa família que jamais houve, sede, nós vos pedimos, o pai e protetor da nossa, e impetrai-nos a graça de vivermos e morrermos no amor de Jesus e Maria.
São José, rogai por nós que recorremos a vós.

Pescadores de Manuel Urbano se preparam para mais uma despesca do Pirarucu

À Associação de Pescadores do Município de Manuel Urbano, técnicos Seaprof, ligados a coordenação do programa Agricultura Familiar (ex-SEATER) e técnicos do IBAMA, acaba de concluir mais uma etapa do Projeto Alto Purus, no qual está incluso a despeça e a Feira do Pirarucu entre os meses de agosto e setembro.
O programa iniciado em 2002 é financiado pela ONG WWF-Brasil e permite que os pescadores da região adquiram conhecimentos técnicos, sobre legislação ambiental.
Na manhã desta quarta-feira, 19, a consultor técnico da WWF-Brasil Marcelo Apell, explicou que despesca e a Feira do Pirarucu fazem parte do Projeto Alto Purus, realizado em conjunto por WWF-Brasil, Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e as Colônias de Pescadores de Manuel Urbano e Sena Madureira, desde 2003.
De acordo com Marcelo, “O projeto capacitou pescadores locais para implementar acordos de pesca na região, que consistem na criação de normas para regular a atividade, sua sustentabilidade e a reposição das espécies”.
Em linha geral o “Projeto Alto Purus” trabalha em uma área de aproximadamente 200 mil hectares. Em três anos de atividades, a comunidades pesqueiras instaladas nos municípios de Sena Madureira e Manoel Urbano estabeleceram acordos de pesca - homologados pelo Ibama e, portanto, com força de lei - para seis lagos.
Com os acordos, os pescadores têm relatado que quantidade e qualidade do peixe melhoraram, assim como o cumprimento das regras dos acordos.

No Lago Santo Antônio os pescadores decidiram em conjunto, em 2004, proibir temporariamente a pesca do pirarucu, pois a espécie estava ameaçada pela pesca excessiva. Os resultados foram rápidos. Em março de 2005, havia 56 peixes. Pouco mais de dois anos depois, em maio de 2007, o número era de 187.
Pelo acordo do projeto, a parte que compete ao IBAMA/Ac é fiscalizar para o fiel cumprimento das leis normativas publicadas pelo Ibama.
Para a analista e pesquisadora ambiental da instituição, Rosana Cristina Pezzi Derigo, a escassez de recursos condiciona a capacitação de uma pessoa moradora da região como agente ambiental comunitário, munindo-o com crachá e o dotando de poderes para junto com autoridades da região coibir irregularidade e fazer cumprir as determinações ambientais.
“Essa pessoa fiscaliza a proibição da pesca predatória, o tamanho da malhas bem como a quantidade de redes permitidas para cada pescador”.Esporadicamente, quando solicitado pela SEATER o IBAMA desloca um fiscal para ir a região assessorar e agente ambiental comunitário.

Justiça impõe fim dos estágios em empresas públicas


O Ministério Público do Trabalho acaba de impor àss empresas e demais instituições públicas a obrigação de acabar com os “serviços terceirizados” e a figura dos estagiários evidente com exceção dos cadastrados em instituições especificas, C.A.A. IEL etc... O motivo é elementar.
As repartições públicas desviaram o foco da contratação de estagiários que seria para atender a legislação que versa sobre o primeiro emprego, cuja finalidade é garantir condições para que estudantes pobres possam custear seus estudos e lhe proporcionar a tão exigida “Experiência Comprovada em Carteira”, por parte dos empregadores.
Os estágios estão servindo de desculpas para acomodar as indicações políticas e para favorecimento pessoais.
Uma autarquia estadual acaba de ser multada em algumas dezenas de milhares por desobediência judicial. Havia sido notificado para dispensar os estagiários a abrir concurso público. Como o gestor da época sabia que estava com a guilhotina no pescoço com a passagem de governo, fez pouco caso por omissão involuntária ou proposital. Agora o gestor atual teve o valor da multa com devida correção. Foi penalizado individualmente e corre o risco de literalmente ir parar atrás das grades se não cumprir as determinações lhe imposta à revelia.
Neste mesmo campo a Eletroacre sai do foco da Justiça e anuncia antecipadamente a decisão de abrir concurso público para substituir às “terceirizadas” criando seu próprio quadro.
No caso da Eletroacre a divulgação do concurso é apenas para ganhar tempo e fugir da espada da Justiça. A empresa não diz para que cargos está abrindo concurso, nem quando ele será realizado. Mas o fato de ser obrigada a realizar concurso público já é um excelente começo. A outra autarquia multada a qual nos referimos sem mencionar nome - a pedido do atual gestor - também abrirá concurso público ainda este ano mais logicamente que irá anunciar as “boas novas” será o governador.

Secretaria da Floresta promove atividades pelo Dia do Moveleiro

Hoje, 19 de março, é Dia do Marceneiro e do Moveleiro. No calendário religioso e dia dedicado São José, citado na bíblia como sendo o carpinteiro José, esposo de Maria, a mãe de Jesus.
O Governo do Estado através da secretaria da Floresta, em parceria com a Madril - principal fornecedora de matéria-prima para marceneiros e carpinteiros em todo o Estado do Acre – organizou um calendário de eventos diversificados onde se incluem, palestras, exposições, distribuições de brindes, “cof-brek” e almoço para empresários, marceneiros, moveleiros e afiliados em sindicados e cooperativas.
O setor moveleiro - na avaliação do presidente da Cooperativa de Produção Moveleira do Estado do Acre, Raimundo Nonato Rodrigues, 45 -, emprega hoje cerca de 1.500 a 2 mil pessoas se computados os registrados em cooperativas e sindicato.
Ele se entusiasma ao falar do crescimento do setor nos últimos 8 anos “graças ao apoio que vem recebendo do Governo do Estado”, mas ressalta que a rigidez da legislação ambiental e as restrições para exploração de madeira “tem de certa forma atravancado o setor, onde se incluem as serrarias”.
Para um auditório lotado na gerência do Pólo Moveleiro – localizado no Distrito Industrial -, o secretário de Estado da Floresta, Carlos Ovídio Duarte (Resende), falou da importância do setor para a economia do Estado.
“O marceneiro é aquele profissional capaz de lapidar a floresta. Transformar madeira bruta em peças de artes sem contar que o setor é disparato o maior gerador de produtos agregados que existe no Estado”.
Resende enaltece a qualidade das peças produzidas pelo setor moveleiro do Acre, acrescentando: “Hoje estamos no mesmo nível dos profissionais mais qualificados. Temos empresas novas trabalhando aqui no Estado com a mesma qualidade das grandes marcenarias e movelarias instaladas no Sul do País”, garante.
Para o secretário, o Governo tem investido na capacitação e qualificação de mão de obra e vai continuar investindo no setor: “Por acreditar no potencial dos nossos empreendedores e profissionais do setor e logicamente pela grande diversidade e quantidade da nossa matéria-prima”.O Governo do Estado – finaliza Rezende – tem plano de investimentos junto as prefeituras e está implanto pólos moveleiros em Cruzeiro do Sul, Feijó, Sena Madureira, Acrelândia e talvez em Brasiléia, sem contar que já temos um pólo moveleiro em Xapuri”.

terça-feira, 18 de março de 2008

Governo manda para Assembléia proposta de lei criando o Quadro Operacional da Polícia Militar


O Governo do Estado, através da Secretaria de Segurança Pública, entregou oficialmente à Assembléia Legislativa à proposta de Lei de Organização Básica da Polícia Militar do Estado do Acre que institui entre outros benefícios o Quadro Operacional da instituição e fixa novo contingente, saltando dos atuais 3.500 para 4.616 homens..
A solenidade da entrega do documento ao vice presidente da Assembléia Legislativa deputado Helder Paiva (PR-AC) aconteceu na manha desta terça-feira 18, com as presenças do secretário de Segurança Pública Antônio Monteiro, comandante da Polícia Militar Cel-PM Romário Célio e representantes das associações de praça e dos oficiais.
Na mensagem governamental o governador Binho Marques afirma que a proposta de Lei é o resultado de um processo de construção coletiva entre o comando da Polícia Militar, comissão mista de oficiais e praças, demais representantes dos militares e equipe de Governo.
“A nova lei contempla todos os setores da PM inclusive dos componentes da banda de Música adequando a PM as necessidades atuais”, diz o secretário de Segurança Pública Antônio Monteiro.

O documento chega à Assembléia Legislativa junto com a expectativa dos militares para sua rápida aprovação, transformação em lei e implantação imediata.
Apesar do documento haver sido elaborado após sucessivos debates e reuniões com todos os segmentos da PM, há questionamento de última hora por parte dos representantes da associação do Militares, relacionados a percentuais e adicionais inerentes à atividade policial..
“São apenas adequações perfeitamente sanáveis”, minimiza o secretário Monteiro
Para comandante da PM Romário Célio, é natural que existam descontentamentos e os classifica como individuais. “Eventualmente alguém pode, de alguma maneira, se sentir prejudicado. No entanto o foco do documento não é prejudicar ou beneficiar alguém em particular”.
Para o comandante da PM “Os interesses coletivos estão bem contemplados em todos os aspectos”.
Para o presidente da associação do militares, aluno sargento Natalício Braga, o reconhecimento e o agradecimento vêm junto com um fio de descontentamento. “Precisava-mos de dez, ganhamos cinco”.
O assessor de comunicação da PM Major Rocha avalia porém que os ganhos representam uma vitória e abrem espaços para novas discussões, novas conquistas.

Um momento histórico

O secretário de segurança Antônio Monteiro explicou que o novo Quadro Operacional da polícia Militar foi construído com o propósito de superar um déficit de 22 anos.
“O que aconteceu aqui hoje foi o “aprofundamento” de uma discussão iniciada ainda na gestão do ex-governador Jorge Viana. Agora na gestão do governador Binho Marques essas discussões foram ampliadas de forma a contemplar cada unidade da nossa Polícia Militar, abrangendo deste os pelotões da capital até um pequeno destacamento no município mais distante”. Para Monteiro a padronização estabelecida na nova Lei “cria condições para que nossa Polícia Militar enfrente o ano de 2008 com uma estrutura adequada e se possa lutar por um ambiente de paz e harmonia que nossa sociedade precisa e merece”.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Houve um tempo em que encher saco, era profissão.



Pesquisadores ambientais descobriram assim, num estalar de dedos, que os sacos plásticos levam anos para se decomporem na natureza e estão contribuindo em demasia para poluição ambiental.
Eureka!! Demorou.
É que há 43 anos, eu ainda criança vendia sacos durante as madrugadas no Mercado Público Central de Porto Velho. Todo processo no fabrico dos sacos, era artesanal. Eu e meus companheiros empreendedores ( ! ) saíamos nas tardes de sábado para percorrer as construções.
Com pedreiros, serventes e mestres de obras, negociávamos o menor preço pela unidade do saco de cimento, guardados durante a semana para este fim. Haviam ocasiões em que essa matéria prima era doada. Sorte nossa..
No domingo, a diversão era fabricar os sacos e emendávamos o tempo livre para fabricar papagaios, conhecidos dos acreanos por “pepêtas”. Uma farra!.
Nas segundas-feiras, por volta das 4:00hs, 4:30hs saíamos em direção ao mercado. Estando lá, era cada um por si. Virávamos concorrentes. Minha turma era composta pelos irmãos Orlando, Raimundinho e Aluízio, meus vizinhos mais próximos. Orlando era sem duvida, o campeão de vendas. Sem ocupação, ficava esperando que acabassem nossos estoques para voltarmos juntos para casa, a tempo do horário da escola. A ordem dos pais (naquele tempo filho ainda obedecia pai e mãe) era para que não nos dispensássemos.
Tínhamos que ir e vir juntos. A “gente” se ajudava até nas brigas com vendedores rivais, de outros bairros. Durante a venda era uma gritaria digna de um dia movimentado na bolsa de valores. O peixeiro, para vencer a concorrencia gritava a todos os pulmões, o preço e a espécie de peixe disponível em sua banca. Gritos geralmente abafados pela classe de “comerciantes” da qual eu fazia parte.. SAQUEEEIIIIIROO!!!.
Orlando, meu amigo e colega de trabalho tinha uma tática especial de venda. Fazia uma propaganda que deixava no chinelo qualquer camelô profissional. Os sacos que ele vendia “suportavam mais de dez quilos. Eram importados da Argentina e fabricado com cola especial.. blá blá blá.
Todos sabiam que era a mais pura mentira, mais pela propaganda, sua mercadoria acabava primeiro.
É verdade que não raro às vezes, o freguês jogava o peixe dentro do saco e a mercadoria passava direto. Aí nós vendedores, tínhamos que repor a embalagem a custo zero para não “desagradar” o cliente. Prejuízo na certa.

Para nós, crianças humildes, a venda de sacos supria muitas necessidades. Ajudava na compra do material de escolar e acreditem, ainda sobrava algum para ajudar os pais nas despesas domésticas.
Geralmente o peixe não faltava na mesa até porque, era bem em conta devido à fartura da época. Não havia frigorífico em Porto Velho e o peixe que não era vendido durante o dia era jogado de volta ao Rio Madeira ou distribuído gratuitamente às famílias que iam ao mercado no final da tarde só para pegar a sobra.
Tempos de farturas e desperdícios àquele..
Mais aí veio a modernidade e com ela, os sacos plásticos. Ninguém mais queria nos comprar os sacos de papel.. Nas lojas, mercearias, padarias, açougues e farmácias, era moda oferecer os produtos comercializados dentro da nova embalagem. A figura do saqueiro (e lá se foi eu junto) desapareceu do mercado de trabalho.
No último domingo, vejo reportagem na TV, que o País está gastando um bilhão de sacos plásticos cada mês. Um saco plástico demora dezenas de anos para se decomporem na natureza. Ninguém sabia o que fazer para resolver o problema, até que algum iluminado, filho do “capitalismo selvagem”, advogou que os sacos devem ser vendidos, pois assim se diminui o uso.
Pergunto: A venda do saco plástico é boa para o meio ambiente ou para o fabricante que se vai aumentar e muito seu lucro? Como sugestão, voltem os sacos de papel (um retrocesso em nome da preservação do meio ambiente) mais fabricados a partir de material reciclável – o próprio papel ou mesmo do plástico, desde que seja biodegradável.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Estou de volta ao sindicato dos jornalistas


Hoje tomei uma atitude que vinha relutando nos últimos meses. Retornar a relação de jornalistas afiliados ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Acre – SINJAC -, do qual já participei de diversas diretorias. Resolvi cumprir deveres, para ter prerrogativas de cobrar direitos.
Os cargos que ocupei na direção do Sinjac estavam em escalas secundárias. Na maioria das vezes, a meu próprio pedido. Confesso não ter “perfil” de sindicalista. Avalio que sindicato é negociação, defesa de interesses da classe e respeito recíproco entre patrões e empregados.
Uma composição de chapa não pode e não deve ter entre seus membros, indicação patronais. Em troca de patrocínios não deve haver submissão. Sou radial e intransigente demais para ser sindicalista. Substituo o “jogo de cintura” pelo “pisão” no pescoço, o chute no Pau da Barraca. Razões pela qual nunca ter aceitado ficar em posição de maior destaque na composição da diretoria.
E talvez por isso, abandonei as fileiras sindicais. Nunca tive a menor intenção de disputar, sequer para fazer número, o prêmio Chalub Leite. Não desmerecendo quem já os ganhou, mais por discordar do julgamento parcial dos indicados pela avaliação dos trabalhos. Marcão, o fotografo sindicalista que ora nos representa, terá meu apoio até o dia em que decidir imitar à arte do seu criador. Afonso, o presidente que o antecedeu, teve os méritos de manter o sindicato em ascensão nos últimos oitos anos, mas é fato que para isso, teve que “baixar as calças” com muita freqüência. No termo mais pejorativo da expressão, em substituição a “submissão” e não ter demonstrado nenhuma intenção em mudar as regras do jogo.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Anarquistas tentam anular mais um concurso público

O Ministério Público deveria aproveitar o mais recente episódio envolvendo ações de impugnação do concurso público da Universidade Federal do Acre, para finalmente acabar com essa pouca vergonha.
Não há um único concurso público que não seja contestado, logicamente por quem não estudou. Não passou e se sente “prejudicado”.
Este tipo de estudante vê irregularidades em qualquer canto e imputa a tais irregularidades, sua incapacidade de estudar. Agora cerca de 30 alunos teriam ingressado com uma Ação na Justiça, pedindo o cancelamento do concurso da UFAC, porque teriam sido impedidos de realizar as provas “só porque chegaram atrasados”.
PQP! Desde que se ouve falar em Universidades, vestibular, concurso público etc., que se sabe da rigidez dos editais no cumprimento do horário. Quem não consegue chegar a tempo, fica fora, Ponto!
Isso é ortodoxo, nem deveria haver contestação. Afinal, do lado de dentro dos portões, estão estudantes que venceram todas as dificuldades, adiaram ou cancelaram compromissos para não chegarem atrasados.
Conheço história de pessoas que se preparam com o máximo empenho. Foram dias debruçados sobre livros estudando, sem ter idéia do que cairia na prova.
Sacrifícios compensados com a facilidade com que responderam as questões e a natural esperança de “estar dentro”.
Agora vem a decepção porque com um grupelho de descompromissados entende que participar é ganhar e para isso, não há ética, critérios ou decência.
Desde quando portões fechado por cumprimento de horário é motivo para anulação de concurso? E quem estudou, batalhou e dedicou seu domingo para está presente na hora marcada. Não conta?
Que penalidade será dada a esses anarquistas, comprovado que realmente chegaram fora do horário estabelecido? Nada? Lógico sempre vai aparecer alguém compadecido defendendo os anarquistas. Advogando que eles têm sim, razão em defender seus direitos. Direitos a que cara pálida?...
Tivessem eles chegado no horário, feito as provas e passado no concurso teriam o desprendimento de pedir à anulação do concurso porque um conhecido seu chegou atrasado e foi impedido de entrar na sala... Aqui, Ó.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Acampamento de sem-terras no INCRA serve de palanque para candidatos a vereador





Aproximadamente 150 pessoas – entre adultos e crianças – estão acampadas na sede da Superintendência Regional do Incra em Rio Branco/Ac. Antes passaram um longo período em um acampamento, também improvisado, na Fazenda Baixa Verde, localizada na BR-317 distante 5 km das “Quatro Bocas”, sentido Rio Branco/Boca do Acre/AM.
Os sem-terras tentam, na forma da pressão, agilizar a desapropriação da fazenda sem nenhuma preocupação se as terras são ou não produtivas. O foco na recente pavimentação da estrada, a curta distância da cidade e a facilidade de transportes, impedem uma visão mais realista da situação.
Os trabalhadores não conseguem ver, por exemplo, o quanto estão servindo de massa de manobra para pseudos “líderes” e como estão sendo usados como trampolim, para as candidaturas dessas lideranças a uma vaga na câmara de vereadores nas próximas eleições.
Esta semana, ouvi do superintendente adjunto d INCRA Idelfonso Fernandes Filho, a seguinte observação: “Se alguém quer realmente fazer algo por essas famílias, as convençam a retornarem às suas casas. A desapropriação pretendida, se sair, será a longo prazo. Existem hoje mais de 60 processos de desapropriações para o Acre, circulando pelos departamentos do Incra em Brasília há mais de seis anos. Para se ter ma idéia, durante o ano passado apenas três processos foram concluídos e a desapropriação autorizada. Um para a Fazenda Barro Alto (não mencionou a localização) um em Brasiléia e outro em Marechal Thaumaturgo”.

Fernandes Filho afirma por fim: “Tenho pena da situação dessas famílias e especialmente das crianças, dormindo no frio e expostas a toda sorte de privações. Se eu tivesse terras próprias às doaria só para vê-las em melhores acomodações.”.

O que impede o andamento dos processos

Desapropriação de terras no Acre é um caso singular nos programas de distribuição de terras e desapropriações para fins de Reforma Agrária do Governo Federal. A luz da Constituição federal – segundo juristas consultados sobre o assunto – elas (as terras) não podem ser desapropriadas. As razões é que legalmente, as terras já pertencem a União e seria, portanto um contra senso a desapropriação de terras legalmente suas.
Procuradores jurídicos do próprio INCRA ponderam que a Constituição Federal determina como terras da União, toda faixa de 150 km de terras localizadas nas fronteiras.
Assim, quem tem terras dentro desse limite, ainda que possua titulação expedida pelo próprio INCRA, não pode ter essas terras desapropriadas, nem receber indenização por elas, exceto pelas eventuais benfeitorias, se houveram.
Para o adjunto do Incra “esse impedimento legal tem sido o entrave no andamento dos processos e provocado longas batalhas judiciais”.
A singularidade nesses processos está no fato de ter sido o próprio INCRA quem expediu a documentação de titularidade e é exatamente e próprio INCRA quem diz que o documento não poderia ter sido expedido. Ou seja, que não tem nenhuma validade.Todas essas questões são de conhecimento dos líderes dos acampamentos dos “sem-terras”, mas criminosamente, omitidas por não interessar politicamente.