quinta-feira, 31 de julho de 2008

Cadeia produtiva





Falta de mandioca provocou fechamento

da primeira fábrica de farinha no Acre

A fabricação de farinha em escala industrial, assim como a fécula e outros derivados da mandioca, não é assunto contemporâneo. Há 12 anos, o empresário do ramo de hotéis, Jorge Pinheiro (Pinheiro e Inácio’s) se aventurou na instalação de uma fábrica industrial de farinha de mandioca com capacidade de produzir 60 toneladas/mês.

Ele foi um dos convidados a assistir a palestra do pesquisador da Embrapa Joselito Motta e se fez presente ao auditório da SEAPROF. Deu seu testemunho e lamentou não ter todas as informações do palestrante há 12 anos, “quando por absoluta falta de matéria prima, tive que fechar as postas da fabrica e amargar o maior prejuízo financeiro de minha vida”.

Como muita gente cultivava mandioca acreditávamos não haver problemas de abastecimento. “Logo nos primeiros meses, quando fomos obrigados a trabalhar com apenas 50 por cento da nossa capacidade de produção, percebemos o quanto estávamos errados. Nos meses seguintes simplesmente ficamos sem mandioca para trabalhar. Não tivemos outra alternativa que não fosse encerrar às atividades da fábrica”, garante.

Atualmente o que existe da fábrica localizada no ramal é uma monte de máquinas abandonas,sucateadas pela ação de vândalos e ladrões. Telhas fios, peças caríssimas tudo furtado por estranhos. O empresário jogou a toalha e perdeu o gosto pelo assunto.

A mala e o mula



PF APREENDE MALA COM DROGA ESCONDIDA NO FORRO

RIO BRANCO/AC - A PF, por volta de 22 horas do dia 20, domingo, em uma barreira no posto da Polícia Rodoviária Federal, prendeu Bruno Pereira Lima de 25 anos que estava de posse de uma mala que continha droga escondida em seu forro.

Com o apoio da Polícia Rodoviária Federal foi realizada uma barreira e durante à abordagem em um ônibus que fazia a linha Rio Branco – Porto Velho, constatou-se que havia uma mala de viagem que apresentava peso e consistência diferenciada das demais.

Durante o momento da vistoria de sua bagagem, Bruno tentou evadir-se, sendo contido pelos policiais federais e logo em seguida preso em flagrante por tráfico de drogas.

Após teste preliminar que resultou em positivo, a mala foi encaminhada para a perícia da Polícia Federal que constatou que havia 2,66 Kg de cocaína.

Por: Assessoria de Comunicação / Superintendência Regional da PF no Acre

Tel.:(68) 3212-1279/3212-1200

O MILAGRE DA MANDIOCA





Pesquisador da Embrapa na Bahia divulga cultura da mandioca no Acre

A convite do deputado federal Fernando Melo (PT-Ac), o pesquisador do Centro de Tecnologia da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, (com sede em Cruz das Almas - recôncavo Baiano - distante 160 km de Salvador), Joselito da Silva Motta veio ao Acre falar para pesquisadores, extensionistas e produtores rurais, sobre as potencialidades da mandioca e suas múltiplas diversidades na culinária e na indústria. “Uma cultura em fase de redescobrimento que pode ser útil para a manutenção do homem no campo, através da geração de emprego e renda”, explica.

Recepcionado pela assessoria do deputado, direção da Embrapa-AC, e SEAPROF e Fetacre, o pesquisador cumpre extensa agenda no Estado. Na segunda-feira 28, pela manhã, palestrou para 76 extensionistas da Secretaria de Estado da Agricultura e Produção Familiar/SEAPROF. À tarde a mesma palestra para produtores rurais que lotaram o auditório da Federação da Agricultura do Estado do Acre – FETACRE.

Joselito Motta é uma referência na grande imprensa quando a pauta é alternativa de hábitos alimentares e as potencialidades da mandioca na culinária brasileira. Foi destaque em duas oportunidades em reportagens do Globo Repórter (Rede Globo) no Programa Movuca (Regina Case) e SBT Repórter. Tudo documentado em fitas de vídeo e reapresentado durante as palestras que o pesquisador já fez em 20 estados da federação.

Ele é um dos inventores do “Beju Colorido” e incentivador da inclusão da iguaria no cardápio da merenda escolar. Na quarta pela manhã, antes de embarcar para o Município de Cruzeiro do Sul, esteve ministrando palestra com o mesmo tema para colegas pesquisadores na Embrapa-Acre.

Mostrou a receita dos bejus coloridos, disse como é feita a pizzaioca - pizza de mandioca com zero trigo - e deu a receita do suco de mandioca, durante uma noite de degustação em um restaurante em Rio Branco.

Em Cruzeiro do Sul, Joselito Motta vai falar para extensionistas e secretário de educação do município. Falará das vantagens da inclusão do Beju colorido no cardápio da merenda escolar, como fonte de proteínas e seus valores agregados, citando entre outros a valorização do homem do campo. A geração de emprego, mudanças em hábitos alimentares saudáveis e divisão de rendas.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

O burocrata e o produtor

A presidente da federação dos trabalhadores do Acre (FETACRE), Sebastiana Miranda visitou o Polo Benfica

Fome Zero traz lucro zero para

quem trabalha e produz alimentos

O que não faz a burocracia... Produtores rurais, seduzidos pela propaganda oficial, direcionaram suas linhas de produção, para abastecer o programa do Governo Federal de Combate a Fome. Plantaram frutos e legumes. Focaram-se na criação de suínos, aves e peixes.

Pelo menos no Acre, estão acumulando prejuízos. No Pólo Benfica, por exemplo, a falta de ramais para escoamento da produção avaliada como sendo uma das maiores dificuldades virou questão secundária, diante dos prejuízos acumulados por falta de mercado consumidor. Há produtores que se dedicaram ao cultivo de Cupuaçu, Maracujá e Graviolas. Com financiamentos, compraram freezer “s.

O drama foi relatado esta semana pelo representante dos produtores rurais do ramal do Rodo, José Paulino da Silva, à presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado do Acre (FETACRE) Maria Sebastiana Oliveira de Miranda.

Há pelo menos cinco meses não vendem nada do que produzem. O Programa Fome Zero está parado. Não chegam os repasses para a Conab pagar os fornecedores. Estoque de poupas congelado lota geladeiras na zona rural. O prejuízo com desperdício de energia elétrica vai se acumulando.

Paralelo aos juros pagos as parcelas vencidas da compra dos eletrodomésticos, a burocracia impõe a sensação de caos. E tudo porque algum burocrata filho do cão, acostelado em poltronas confortáveis sob a delícia do ar refrigerado, não sabe e não quer saber como vive o produtor rural.

Sua indicação ao cargo - exercido com extrema incompetência - deve ter sido obra de uma acomodação política para atender algum derrotado nas urnas. Uma coisa horrorosa, que nos enoja até comentar...

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Voce Sabia?


GREVE é uma invenção francesa


A greve dos Correios já dura mais de duas semanas, causando transtornos a toda a população, com diversos atrasos na entrega de encomendas, contas e correspondências em geral. A palavra "greve" vem do francês 'grève' (faixa de areia ou cascalho à margem do mar ou de um rio). Sobre a origem da expressão, entende-se que, em Paris, os trabalhadores e desempregados costumavam se reunir numa praça à beira do Sena, perto da Prefeitura, chamada 'Place de la Grève'. 'Faire grève' ("fazer grève") inicialmente significava se reunir na praça para fazer reivindicações ou pedir mais empregos, até que, em 1805, a palavra ganhou o sentido de "paralisação voluntária e coletiva do trabalho", que persiste até hoje.

A palavra originou ainda algumas expressões como "greve de fome", que significa o ato de não se alimentar em nome de um protesto ou revindicação. Também temos a expressão "greve de braços cruzados", onde a paralisação se dá no local de trabalho.

Definição do dicionário Aulete Digital

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Restaurante Popular

Minimizando a situação do risco nutricional


* Valdete Viana

O Restaurante Popular estar inserido no Programa Fome Zero, política de inclusão social estabelecida em 2003 pelo Presidente Lula, que tem o objetivo de criar uma rede de proteção alimentar em áreas de grande circulação de pessoas de baixa renda, garantindo uma alimentação saudável a preço acessível, beneficiando os segmentos mais vulneráveis nutricionalmente. O Restaurante Popular estar localizado na Regional VI, por se tratar de uma região de grande movimentação de pessoas de baixa renda, área periférica da cidade com um grande aglomerado da população em situação de risco Nutricional. Além de usar o espaço do Restaurante Popular para outras atividades complementares para o fortalecimento da Política de Segurança Alimentar.
O Restaurante Popular é um projeto de grande importância social que defende e promove o direito humano á alimentação, além de ser um grande articulador de uma política de Educação Alimentar e Nutricional. Essa política estabelece a todos de qualquer condição social, estando dentro o fora do processo produtivo, o direito de se alimentar com qualidade. A política de Segurança Alimentar estar além da satisfação biológica, mas contempla toda uma dimensão social. Esse equipamento é um grande sensibilizador de organização para erradicar a fome.
Ao difundir uma política permanente de Segurança Alimentar no Município o Prefeito Raimundo Angelim, mobiliza um conjunto de ações estratégico para garantir uma alimentação saudável, nutricionalmente balanceada, oriundo de processo seguro, constituído com produtos regionais a preços acessíveis quase simbólicos, servido em local apropriado e confortável, de forma a garantir a dignidade ao ato de se alimentar. Compreendendo que a alimentação é um direito emergencial do homem, uma ação universal e simbólico presente em toda sociedade humana. Segundo Lévi-Straus (1968:40) o domínio da cozinha constitui uma forma de atividade humana e verdadeiramente universal: assim como não existe sociedade sem linguagem, não há também nenhuma que não cozinhe alguns de seus alimentos. Alimentar-se, portanto, não é só um ato biológico, mais uma ação revertida de caráter social e cultural, na qual a escolha dos alimentos tem a ver com as representações simbólicas de um povo, com práticas e experiências culturalmente construídas.
A construção do Restaurante Popular José Marques de Souza (o Matias) não é uma ação assistencialista, mas a efetivação de uma política pública de atenção aos cidadãos, e é fruto de um compromisso social do prefeito Raimundo Angelim com as questões sociais, pois o problema da fome é conseqüência destas questões. Com essa atuação a Prefeitura Municipal de Rio Branco busca desenvolver um conjunto de ações planejadas para garantir a oferta e o acesso aos alimentos para a população de baixa renda, promovendo a nutrição, a saúde e a soberania alimentar.
A Prefeitura terceirizo os serviços, as compras e o fornecimento de refeições, a escolha da empresa se deu mediante processo licitatório público para prestar serviços na condição de administradora da Unidade de Alimentação e Nutrição. Esta empresa recebe recursos próprios do Município e dos usuários do Restaurante Popular, através da venda de refeições a Preço de um R$ 1,00 (um real), sendo que o custo total da refeição é 4,59. A Prefeitura está subsidiando um valor de R$ 3,59 por cada refeição servida e o usuário R$ 1,00. O importante de qualquer tipo gestão é primar na qualidade, nunca perde de vista o cunho social que o Restaurante têm, e ter sempre o privilegio de alimentar vidas. A obra e aquisição de equipamento tiveram um custo de R$ 1.250.000,00 (um milhão duzentos e cinqüenta mil e reais), repassado pelo Governo Federal. A Prefeitura entrou com R$52.632,00 (cinqüenta e dois mil reais) de contrapartida, totalizando um investimento de R$ 1.302.632,00(um milhão trezentos e dois mil reais).
A prefeitura fiscaliza e faz o acompanhamento do preparo e fornecimento das refeições servidas no Restaurante Popular, através da Coordenadoria Municipal do Trabalho e Economia Solidária, disponibilizando de um Gestor e uma Nutricionista.
A cadeia produtiva dos alimentos desde a aquisição da matéria-prima, como também os fornecedores são todos cadastrados, com visitas periódicas, registradas em fichas técnicas, realizada pela Nutricionista da Prefeitura, devendo estar conforme as exigências necessárias para o fornecimento de matéria-prima ao Restaurante Popular. As distribuições das refeições são acompanhadas sistematicamente, e todas as práticas operacionais, pela a equipe da Prefeitura Municipal de Rio Branco que interfere em caso de não conformidade, para a devida correção.
Dessa forma a Prefeitura Municipal de Rio estar contribuindo significativamente, para uma melhor compreensão do conceito de Segurança Alimentar e Nutricional que se baseia no artigo 3º da Lei nº11346, de 15 de setembro de 2006 (lei orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional), com isso a lei garante: (A segurança Alimentar e Nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente de alimentos de qualidade em quantidade suficiente sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental econômica e socialmente sustentáveis).


“Com miséria e a fome não existe e nem sobrevive democracia alguma”
Dom Mauro Morelli



* Valdete Viana é coordenadora do Restaurante Popular

quarta-feira, 16 de julho de 2008

DOAÇÃO DE ORGÃOS

Porque pessoas morrem na fila dos transplantes?

São noticias rotineiras, transmitidas pela grande imprensa, mortes de pessoas em filas de espera por transplantes de órgãos, sendo os mais comuns coração, fígado, rins, córneas e ..etc.

Em busca de informações no DETRAN/AC sobre a data de vencimento das habilitações de condutores com datas anteriores as atuais, expedidas pelo sistema Renach, descobri algo que me chamou a atenção e resolvi dividir tais informações com os leitores aqui do Blog.

Olhem só! No Acre, existem 27.829 mulheres habilitadas a dirigir autos. Entre elas, 1.244 se declararam doadoras de órgãos. Entre os homens, dos 80281 habilitados, 3.054 se declararam doadores de órgãos. Muito bem. Em uma continha de somas simples chegamos 4.298 doadores de órgãos aqui no nosso Estado.

Somos apenas 108.110 condutores (entre homens e mulheres) habilitados para uma frota estimada em 117 mil veículos. Seria possível imaginarmos quantos são os habilitados em São Paulo com uma frota de dez milhões de veículos?

E vamos além..., desse contingente humano quantos são declarados doadores de órgãos? Especialista garante que o trânsito no nosso País é o grande responsável por mortes em acidentes. Ou seja, pessoas sadias e doadoras de órgãos. A pergunta é: PORQUE EXISTEM TANTAS PESSOAS MORRENDO NA FILA A ESPERA DE UM TRANSPLANSTE?

A resposta é óbvia: Porque esse é um serviço público, bancado pelo SUS. E no Brasil, o único serviço público que funciona de verdade é cobrança de impostos. E quando isso vai mudar? Quando eu for Presidente da República..... NUNCA!

Pesquisei na internet e descobri muita coisa sobre doação de órgãos. De acordo com informações do próprio Ministério da Saúde, existem no Brasil 117 instituições cadastradas para realizar transplante de órgãos: Rim (111), Medula óssea (13), Fígado (6), Coração (9) e Pulmão (3). Deste total, 40 estão localizados na Região Sul (PR, SC, RS) dos quais, 20 são Hospitais do Rio Grande do Sul.

No site http://www.adote.org.br/cont.htm tem mais informações sobre o assunto e republico uma matéria da drª Shirley de Campos, uma especialista que nos esclarece sobre todas as duvidas relacionadas.

Doação de órgãos para transplante

Dra. Shirley de Campos
-O que é?
O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou tecido normal de um doador, vivo ou morto.

- Quem pode e quem não pode ser doador?

A doação pressupõe critérios mínimos de seleção. Idade, o diagnóstico que levou à morte clínica e tipo sangüíneo são itens estudados do provável doador para saber se há receptor compatível. Não existe restrição absoluta à doação de órgãos a não ser para aidéticos e pessoas com doenças infecciosas ativas. Em geral, fumantes não são doadores de pulmão.

- Quando podemos doar?

A doação de órgãos como rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita em vida. Em geral, a pessoa se torna doadora em situação de morte encefálica e quando a família autoriza a retirada dos órgãos. A Lei nº 10.211, de março de 2001, dá plenos poderes para a família doar ou não os órgãos de seus parentes mortos.

- O que é morte encefálica?

É a parada definitiva e irreversível do encéfalo (cérebro e tronco cerebral), provocando em poucos minutos a falência de todo o organismo. É a morte propriamente dita.

- Quem recebe os órgãos doados?

Testes laboratoriais confirmam a compatibilidade entre doador e receptor. Após os exames, a triagem é feita com base em critérios como tempo de espera e urgência do procedimento.

- Que partes do corpo podem ser aproveitadas para transplante?

O mais freqüente: 2 rins, 2 pulmões, coração, fígado e pâncreas, 2 córneas, 3 válvulas cardíacas, ossos do ouvido interno, cartilagem costal, crista ilíaca, cabeça do fêmur, tendão da patela, ossos longos, fascia lata, veia safena, pele. Um único doador tem a chance de salvar, ou melhorar a qualidade de vida, de pelo menos 25 pessoas.

- O que acontece depois de autorizada a doação?

Desde que haja receptores compatíveis, a retirada dos órgãos é realizada por várias equipes de cirurgiões, cada qual especializada em um determinado órgão. O corpo é liberado após, no máximo, 48 horas.

- Podemos escolher o receptor?

Nem o doador, nem a família podem escolher o receptor. Este será sempre indicado pela Central de Transplantes. A não ser no caso de doação em vida.

- Quais os riscos e até que ponto um transplante interfere na vida de uma pessoa?

Além dos riscos inerentes a uma cirurgia de grande porte, os principais problemas são infecção e rejeição. Para controlar esses efeitos o transplantado usa medicamentos pelo resto da vida. Transplante não é cura, mas um tratamento que pode prolongar a vida com muito melhor qualidade.

- Quem são beneficiados com os transplantes?

Milhares de pessoas, inclusive crianças, todos os anos, contraem doenças cujo único tratamento é um transplante. A espera por um doador, que muitas vezes não aparece, é dramática e adoece também um círculo grande de pessoas da família e de amigos.

- Quem paga os procedimentos de doação?

A família não paga pelos procedimentos de manutenção do doador nem pela retirada dos órgãos. A cobertura destas despesas é feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A maioria dos planos privados de saúde não cobre este tipo de procedimento.

Fontes: Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos
Prefeitura da cidade de São José dos Campos - SP
Associação Brasileira de Transplante de Órgãos

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Ser ou não é opcional


Quem pariu Mateus, que o embale.

A modelo Isabelli Fontana, disse em rede nacional de televisão que não gostaria de ter um filho gay. Pra que!!!! Veja entrevista ai no link.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u418223.shtml
Muito bem, façamos pois, uma auto análise de “mea culpa”. Você aí leitor gostaria de ter um filho gay? Um dos comentaristas se reportou em relação ao comentário da modelo, com alegações do tipo: Para se ter filhos negros, asiáticos, índios... etc é necessário que os pais se relacionem com pessoa de tais raças para que nasçam assim. Um filho gay ninguém escolhe e portanto não pode se dizer que não gostaria de tê-los como filho...blá bla bláá.. tudo balela.
Tenho aversão à hipocrisia. Quem interessar e possa, que me processe por preconceito. Assumo que de maneira alguma gostaria de ter um filho gay. Óbvio, isso não significa que se tivesse um, matava. Minha impressão sobre o assunto é: Ser ou não ser gay, é opção e não doença.
Se fosse doença, apoiaria o enfermo e tentaria ajudar no que pudesse. Como é opcional, que o optante, meu ou filho dos outros, faça bom proveito de sua opção. Ponto
Não ou obrigado, em nome de uma podre hipocresia, dizer que adoro ou odeio os gays. Para mim, são apenas pessoas e pronto. Conheço várias pessoas que defendem e assumem a homossexualidade. Com alguns até mantenho relações sociais e de trabalho. Mas nem por isso, irei assistir “parada gay” ou arregaçar as mangas, em luta pelo direito dessas “minorias”
Na minha opinião quem não estiver satisfeito dentro desse conceito de “minorias” (falo exclusivo dos gays) que venha para o lado de cá (dos heteros) onde somos maioria e felizes. E cada um no seu quadrado..

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Município engessado

Manuel Urbano precisa acompanhar o progresso

Quarta-feira, 09 de julho/2008, o setor produtivo do Município de Manuel Urbano estevereunido com representantes do Basa, SEBRAE, políticos e pessoas do povo, discutindo o desenvolvimento econômico e social do município. O objetivo é aproveitar o bom momento que vive o comercio local, impulsionado pelos canteiros de obras das empreiteiras responsáveis pela construção da BR-364 entre àquele município e Feijó.

O evento denominado de “Assembléia Aberta” aconteceu na Câmara de Vereadores. Muito se falou da falta de estrutura do comércio local para acompanhar o progresso advindo com a nova estrada. O setor financeiro está engessado. Se recente de liquidez necessária para crescer. A Caixa Econômica Federal (CEF), único agente financeiro da região, não dispõe de qualquer linha de crédito. O SEBRAE dá os passos iniciais na organização estrutural para que o município enfrente à atual realidade. O BASA resolveu mostrar a cara.

A CEF é espelho da apatia financeira e falta de visão. Enquanto o dinheiro circula em ritmo de Formula 1, devido o pagamento de bens e serviço pelas três empreiteiras acampadas dentro do município, a CEF é atropelada pelo progresso.

A final de mês, dezenas de trabalhadores se deslocam para Rio Branco ou Sena Madureira para receberem os salários. Na agencia local da Caixa Econômica o máximo que podem sacar é R$ 50,00 por dia.

Por conta disso, o dinheiro que deveria circular a aquecer o comércio local, fica em Rio Branco e Sena Madureira. Esse problema já existia bem antes da instalação de uma agência financeira no município e foi uma árdua luta política para convencer a gerencia da CEF se estabelecer na região. A realidade mudou. Há muito dinheiro circulado no município, mas precisa mudar a mentalidade dos gestores da Caixa.

Conheça a História do Município de Manuel Urbano


A População Total do Município era de 6.374 de habitantes, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE (2000).

Sua Área é de 9.387 km² representando 6.1521 % do Estado, 0.2436 % da Região e 0.1105 % de todo o território brasileiro.

Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.601 segundo a Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD (2000)

Prefeito: Manoel da Silva Almeida Partido: PSDC Endereço da Prefeitura: Rua Valério Caldas Magalhães, S/N CEP: 69950000

No final do Século passado, dois irmãos, conhecidos como João Moaco e Zé Moaco, instalaram-se à margem direita do Rio Purus e abriram uma Colocação, a qual batizaram de Colocação Tabocal, devido ao imenso tabocal existente no local. Naquela época, o abastecimento e escoamento dos produtos eram feitos exclusivamente por via fluvial, através de navios e embarcações menores, oriundos dos portos das cidades de Belém e Manaus.

Durante um verão, um navio de nome "Castelo", ali ficou encalhado em função da seca do Rio Purus, obrigando-o aguardar a nova estação chuvosa, para retomar sua viagem. Em vista disso o local passou a ser chamado Castelo pelos moradores vizinhos da região. Mais tarde, em 1936, com diversas benfeitorias já realizadas, os moradores solicitaram ao Governo Estadual sua transformação para Vila.

Em 14 de Maio de 1976, através do Decreto Lei N.º 588, assinado pelo Governador do Estado, Geraldo Gurgel de Mesquita, a Vila foi elevada à categoria de Município (desmembrando do Município de Sena Madureira), passando a chamar-se Manuel Urbano, em homenagem a um grande explorador do Rio Purus. Manuel Urbano da Encarnação era um mestiço amazonense, da região de Manacapurú.

Ele fez várias viagens pelo Rio Amazonas, buscando uma comunicação entre as bacias do Purus e do Madeira, em busca de gado da Bolívia, estabelecendo relações de comércio com a república vizinha e com os Estados do Amazonas e Mato Grosso.

Em 1861 navegou pelo alto rio Purus até próximo a foz do rio Chambuiaco, em território peruano, onde foi encontrado pela comissão de fronteiras, Brasil/Peru, no início deste século. Manuel Urbano, além de fundar a cidade de Canutama em 1865, também foi considerado o descobridor da primeira seringueira na região do Purus, árvore cujo produto foi à base da economia acreana e ainda hoje tem uma expressão na economia do município.

Esse grande desbravador, que emprestou seu nome ao município, pelas relevantes atividades desenvolvidas na região, entre as quais a de encarregado dos índios do Paraná-Pixuna, recebeu a patente de Tenente-Coronel. Manuel Urbano da Encarnação faleceu em 17 de julho de 1897 aos 89 anos de idade.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

A fauna da Boi Não Há







Um olhar atento às obras
de
arte produzidas pela natureza

A chácara “Boi Não há”, pequena propriedade rural da nossa família, está localizada à 13km do centro de Rio Branco pela BR-364, sentido Rio Branco/Bujari. Nos serve de refúgio contra à agitação da cidade e seus apitos de sirenes. Rangidos provocados por pneus sobre o asfalto, em freios bruscos ou partidas intempestivas.

Nos deixa livres do som estridente das cornetas de vendedores de picolés, do bater de palmas do vendedor ambulante, do trabalhador biscateiro a procura de trabalho.

Do palavrão solto a esmo pelo estudante deseducado e do estalar irritante de pedaço de uma garrafa pety, preso entre raios de bicicletas usadas pela gurizada do bairro, cujo único objetivo é fazer barulho.

Sem falar na briga de gatos dentro do forro, na disputa pela gata no cio e no barulho alucinador provocado por motos possantes com silencioso adulterado, para nos transformar em neuróticos urbanos.

A Chácara Boi Não Há, é pois, um alívio para essas chagas sociais. Um bálsamo fitoterápico para nosso stres urbano. Ali nos despojamos da indumentária festiva e domingueira.

Nos equipamos de bota “Sete Léguas”, bermudas jeans, camiseta e chapéu de palha. Uma maquina fotográfica e muita perspicácia no olhar à natureza em busca de sua produção artística.

Ignorada naturalmente pelas pessoas acostumadas ao meio rural ou visitantes urbanos ocasionais, em busca de simples diversão. E foi a partir dessa “nova visão” que passei a registrar a presença de espécies que sempre estiveram lá, mas que não eram vistas.

Como o gavião “capoeiro” que é o terror dos galinheiros. Do jacaré-tinga nômade que assume o posto de comando em nosso açude sem ter sido convidado.

Do beija-flor, que protege seus pequenos ovos para garantir a sobrevivência da espécie. Da "cobra cipó" que tenta engolir uma rã com o triplo do seu tamanho. A terrível “aranha caranguegeira” que não se conhece nenhuma maldade feita por ela mas que é sempre eliminada, devido o “perigo” que representa e da lagarta, aparentemente inofensiva, capaz de provocar ardência praticamente insuportáveis ao tocarmos em seus pelos.

Tomei gosto pelo registro dos bichos, pássaros e insetos. O próximo desafio é fotografar o “João- pescador”. Um pássaro que fica flutuando no ar e mergulha para amergir com o peixe que só ele vê.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

O rumo da intolerância

José Alexandre durante a 5ª Conferência Estadual de Saude, em março deste ano, no auditório da FAAO

População aflita na convivência com os monstros

Ainda haverá o dia em que a sociedade brasileira ficará intolerante com os criminosos. E não será este simples e humilde blogueiro, a comandar a "revolução social" contra o crime. Tão pouco, sairá em defesa de grupos de extermínios. O cidadão por si, não agüenta mais esse convívio promíscuo entre e benevolência das leis e os criminosos.

Não se pode admitir num Estado de Direito que um criminoso, ainda que menor de idade, cometa as maiores atrocidades e receba uma punição tão branda.

Não se pode conceber que criminosos sanguinários. Verdadeiros déspotas desprovidos de caráter que matam, seqüestram e estupram, cumpram um terço da pena a que foram condenados e retornem as ruas em nome de uma “liberdade condicional”, para praticar crimes ainda mais hediondos.

Basta uma simples conferencias nas estatísticas para a conclusão mas óbvia. Os presos e condenados da Justiça, estão matando, assaltando e estuprando. Monstros de má formação genética que nasceram com aparência humana.

Espécies dessa raça, de comprovado risco social mataram e torturaram Alexandre Lopes, uma pessoa de paz, até para este blogueiro que não tinha qualquer ralação com ele. Apenas de vista, em encontros casuais, durante cobertura jornalística das ações do Conselho Estadual de Saúde da qual ele fazia parte.

Para os amigos e pessoas do seu convívio, era isso mesmo. Gente da melhor espécie. Do bem. Bom caráter e amigo. Foi assassinado com requintes de crueldade por alguém que sente prazer em torturar suas vitimas.

Em Cruzeiro do Sul, outro mostro tirou a vida de um jovem soldado do exercito por ele (a vitima) ter se recusado a pagar um real de pedágio para continuar sua caminhada.

Em Rio Branco, tarde de quarta-feira, 2 de julho, um monstrinho ainda em formação entra na agência de Caixa Econômica lotada de clientes. Atira, provoca pânico e faz uma mulher e seu filho de refém. Fosse na China (pode nem ser o melhor exemplo) a essa hora já estaria enterrado.

No Brasil, deverá passar por uma tentativa de recuperação social”. Voltará para ruas e cometerá outros crimes, antes de ser finalmente eliminado por outro mostro de sua espécie.

Biografia do Alexandre

Recebo de um dos leitores do blog, uma pequena e simplificada biografia do Alexandre. Ele foi barbaramente assassinado. Seu corpo foi encontrado pela policia, com visíveis sinais de tortura. no interior de sua própria casa na madrugada desta quinta-feira, 3 de julho/2008. Para lê a noticia completado crime abra o limk.

http://www.ecosdanoticia.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2559&Itemid=38

JOSEH ALEXANDRE LEITE LEITÃO

De família tradicional de Rio Branco, Zé Alexandre, como era chamado pelos inúmeros amigos, era pessoa sincera em suas relações de amizade. De fino humor irônico, era respeitado por suas posições sempre coerentes na defesa do segmento social da Saúde, onde sempre atuou como militante.

Era funcionário de carreira da antiga Legião Brasileira de Assistência-LBA, que extinta, teve seus quadros inseridos no Ministério da Saúde-MS. Atualmente era lotado na Fundação Nacional de Saúde-FUNASA, à disposição do Conselho Estadual de Saúde.

Foi um dos fundadores do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado do Acre- SINDSEP, onde exerceu vários cargos, sendo o último o de atual presidente; Fez parte da Coordenação da Escola de Formação Sindical Chico Mendes; foi diretor de várias secretarias da Central Única dos Trabalhadores –CUT/AC, participando em todas as gestões, inclusive na atual onde desempenhava o cargo de Diretor de Políticas Sociais.

Militante do Partido dos Trabalhadores - PT, era polêmico por suas posições. Às vezes radicais. Atualmente cursava o 6º período de Serviço Social na IESACRE, onde se destacava por suas intervenções sempre positivas dada sua experiência política e vivência no movimento social.



quarta-feira, 2 de julho de 2008

Cronobiograma feminino.

A vida da mulher de acordo com a idade

1 aos 5 anos: A mulher não tem a mínima idéia do que ela seja.
5 aos 10 anos: Sabe que é diferente dos meninos, mas não entende porquê.
10 aos 15 anos: Sabe exatamente por que é diferente, e começa a tirar proveito disso.
25 aos 30 anos: Nessa fase formam 5 grupos distintos:
G1 - As que casaram por dinheiro
G2 - As que casaram por amor
G3 - As que não casaram
G4 - As que simplesmente casaram
G5 - As inteligentes

G1: descobrem que dinheiro não é tudo na vida, sentem falta de uma paixão.
G2: descobrem que paixão não é tudo na vida, sentem falta do dinheiro.
G3: não importa o dinheiro e a paixão, sentem falta mesmo é de um homem.
G4: não entendem por que casaram.
G5: descobrem que ter inteligência não é tudo na vida.

30 aos 35 anos: Sabe exatamente onde errou e tinge o cabelo de loiro. Vai para a academia.
35 aos 40 anos: Procura ajuda espiritual.
40 aos 45 anos: Abandona a ajuda espiritual e procura ajuda médica, com analistas e cirurgiões plásticos.
45 aos 50 anos: Graças aos cirurgiões sua bunda e barriga voltaram ao normal, seus peitos ficaram melhores do que eram e explode uma paixão pelo seu analista.
Após os 50 anos: FINALMENTE SE DESCOBRE, SE ACEITA E COMEÇA A VIVER !!!!

…Mas aí vêm a osteoporose e o reumatismo e fode tudo.
(Lidi)

NR) – Estou pesquisando na internet o que existe sobre o mesmo assunto, em relação aos homens.

terça-feira, 1 de julho de 2008

GAVIÃO PEGO NA UNHA


Em "Dia da Caça", gavião
fica preso no galinheiro

Há fatos na vida que mesmo vendo, a gente custa a acreditar. Exemplo: Minha sogra Celsa 68, sofre com fortes dores reumáticas em ambas as pernas. Em dias de crise, caminha com extrema dificuldade e sentada, precisa de ajuda dos filhos ou do marido Bastião, para levantar.

Pois não é que no ultimo domingo, ela pegou na mão e prendeu com um barbante um gavião que há muito vinha provocando baixas em sua criação de pintos?.

Na terça, sogro Bastião liga do celular contando a novidade. Não acreditei. Era pegadinha? E ele: “É verdade sim. O bicho está aqui amarrado pela perna no galho do abacateiro. Se duvida, venha vê”..

Duvidei e fui. Pois era tudo verdade. O falcão, desses “pé duro” que ficam “urubuservando” das alturas a ninhada de pintos e na primeira oportunidade fazem vôos rasantes e fogem levando o bichinho nas afiadas garras.

Há lugares que essa espécie de ave chega a ser uma praga. Para afugentá-las, umas das alternativas e fogos de artifício na direção do predador. Ele some por uns dias. Depois acostuma com os rojões e falta pouco para levar o rojão antes que seja aceso. É um cri-cri.

Pois bem . Cheguei na chácara “Boi Não Há” e lá estava o bicho. Cabisbaixo e pensativo com sua falta de sorte. Devia estar pensando: “Ser pego por dona Celsa. Dizer o que quando chegar em casa após três dias de cativeiro?

A mim, restou fazer fotos. Muitas fotos. No futuro servirão provar que minha sogra, mesmo doente das pernas, pegou um gavião com as mãos.

No futuro supriremos da história a ser contada a netos a tataranetos, que o infeliz pássaro perdeu o rumo e entrou na porta do galinheiro cercado por telas.

Não conseguiu sair e foi pego pela sogra. Primeiro ela o prensou com um pedado de pau ao chão e só então, segurou em suas afiadas garras. Ainda assim foi ferida levemente nas mãos.. Para quê contar esses detalhes, né mesmo??

Mas enfim, tá aí a foto do gavião para autenticar a versão dos fatos. Dado e passado nesta cidade aos 29 dias do mês de junho de 2008. blá.. blá

IMPRENSA DE ALGEMAS

O LADO OBSCURO DA MIDIA

EM FAVOR DO CAPITALISMO

Era o ano de 2002. Eu “cobria” matérias gerais como repórter do Jornal A Gazeta. Uma ligação chega à redação informando de uma reunião entre produtores rurais e a direção do SINPASA (salvo engano, era Sindicato de Pequenos Agricultores Rurais e Assalariados do Acre) na sede da associação, localizada Rua Novo Oriente no bairro Cidade Nova.

Na hora combinada estava lá, eu e a fotografa Rose Peres. Sentados em cadeiras dispostas em círculos em um grande salão, cerca de 30 homens e mulheres relatavam à direção do sindicato, que estavam sendo ameaçados de morte se não saíssem das terras onde viviam, há mais de 30 anos.

Muitos dos presentes haviam nascido, crescido, casado e já tinham filhos sem sair do local onde moravam. Expulsos, não teriam para onde ir nem alternativa de sobrevivência. O algoz daquelas famílias era um cidadão conhecido por Mozart, dono ou gerente da distribuidora de bebidas Sorriso, responsável pela distribuição da cerveja mais consumida no Acre. Daí seu respeitável poderio econômico. Por ele, eram reclamadas às terras onde viviam às famílias reunidas no SINPASA.

Além dos trabalhadores a seu soldo, estava a apontar armas aos trabalhadores, um fiscal do IBAMA, conhecido por “passarinho” ou “periquito”, coisa assim, licenciado enquanto era investigado por corrupção. Esse fiscal se aproveitava do cargo para ameaçar as famílias.

Para as vítimas, as chances eram mínimas। O inimigo era “poderoso”. Denunciar o caso a imprensa era a única solução. Nossa presença a reunião, era "garantia" de novo rumo. Relatos, testemunhos e muita esperança no nosso trabalho.

Afinal, bradava o presidente do sindicato. “Gente! o Jornal A GAZETA está aqui. Tenham Fé que nem tudo está perdido”. Ele tinha, em parte, razão.

Éramos o maior, mais lido e de maior credibilidade na região. Tudo no superlativo. Eté nosso próprio ego.

Para qualquer jornalista, esse tipo de reportagem é que alimenta o sentimento de fazer mos justiça, quando a justiça falhou। Corrigir distorções e repor a verdade ao seu devido lugar। Afinal, somos ou não o “Quarto Poder”??

E foi com esse pensamento que saímos em campo para fazermos nossa reportagem. Cumprimos todas as determinações do nosso código de ética. Certo ou errado, todos teriam o mesmo espaço. Procuramos o IBAMA e descobrimos a lado criminoso do fiscal corrupto. Pegamos depoimentos de seus superiores e saímos de lá com a certeza que o assunto era mais um agravante ao processo administrativo que o investigava.

Depois, fomos a revendedora de bebidas falar com o senhor Mozart e, de sua secretária, recebemos a informação que ele só poderia nos atender ás 16hs.

Voltamos à redação e preparei a reportagem. Ficou em aberto apenas a parte correspondente a versão do Mozart. Ficamos na redação “fazendo hora” e às 16hs em ponto estavamos, eu e a fotografa Rose Peres, aguardando sermos recebidos pelo empresário. Ele retardou o que pode para nos atender.

Quando finalmente decidiu atender foi de uma arrogância e prepotência fora do comum. Ignorou a mão estendida em cumprimento e de cara, me disse que o assunto não era importante para ser publicado. E perguntou: “Qual o interesse que você tem em publicar essa reportagem?”.

O cheiro de suborno impregnou no ar. Mas acostumado a lidar com toda espécie de bandidos, nem dei importância a sua cara feia. Respondi que estava ali para ouvir a versão dele na história. Que meu interesse era jornalístico e que só meu editor, estava apto a dizer se o assunto era ou não importante.

Esticado o “cabo de guerra”, ele passou a me mostrar documentos de compra das terras reclamadas sem ter condições de comprovar à autenticidade de propriedade do vendedor. Os documentos tinham reconhecimento cartorário mais não havia meios de saber sua autenticidade. Não naquele momento. E foi por essa linha, que redigimos a fala do senhor Mozart.

Para sorte do empresário e azar do jornalista e das vitimas, o editor de A GAZETA, era o mau caráter lusitano naturalizado brasileiro Jaime Moreira, de más lembranças.

Um ser de conhecimentos jornalístico privilegiado, mas inescrupuloso ao ponto de envolver a dignidade da própria família, para atingir os inimigos do patrão. Para ele, o cargo de editor e o salário, estavam à cima de Deus, da Pátria e da Família.

Qualquer dia desse conto essa estória escabrosa aqui para os leitores do blog. O patrão era o dono do Jornal e o inimigo do patrão, era o governador do Acre.

E assim, por volta de 18h, quando finalmente encerrei a jornada de trabalho, iniciado às 7:00hs da manhã, Jaime Moreira chama à atenção da redação. Quer saber quem fez a reportagem sobre o empresário Mozart.

Respondi que era eu. E relatei a forma grosseira e desrespeitosa como nossa equipe havia sido tratada pelo arrogante empresário.

E o editor mau caráter respondeu:

- Pode rasgar o texto e jogar no lixo. Não vai ser publicada nenhuma linha sobre o assunto.

Não houve argumento$ capa$ de convencer o Jaime, em não acreditar na$ alegaçõe$ do empre$ário.

E assim foi para o ralo nosso dia de trabalho. E junto, a esperança das famílias expulsas de suas terras, pelo empresário arrogante.