quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A saúde vai mal?

Juro que não sabia...Mas já esteve pior!

Nenhum habitante do Acre, em especial da capital Rio Branco, pode negar as conquistas promovidas no setor de saúde.

Como jornalista cheguei a fazer algumas reportagens sobre o antigo Pronto Socorro do Hospital de Base. Não é segredo para ninguém que no setor de isolamento dos pacientes de hanseníase, os ratos atacavam e até comiam parte dos membros dos pacientes.

Era uma sucursal do inferno, sim senhor. O governo do PT (meu partido) promoveu mudanças profundas e radicais. E continua promovendo. Está construindo um moderno pronto socorro com cinco andares, munido inclusive com heliporto.

Construiu a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito, uma necessidade sentida há vários anos e reclamação secular dos moradores do Segundo Distrito. O antigo Posto de Saúde do Conjunto Tucumã foi completamente derrubado. Em seu lugar construído a UPA do Tucumã.

A idéia era juntamente com a UPA do Segundo Distrito, atender com sobra de oferta, a demanda que havia no antigo PS. O corroído Hospital Infantil foi transformado no moderno Hospital da Criança e de “lambuja” construiu e equipou um super e moderno hospital em Cruzeiro do Sul.

Na Fundação Hospitalar foram construídos mais dois hospitais, O Hospital do Idoso e Hospital do Câncer. O Centro de Nefrologia ganhou novos aparelhos de hemodiálises. Foi reconstruído e aparelhado para atender aos padrões exigidos pela Organização Mundial de Saúde.

Na parte estrutural, pouco ou quase nada existe para ser reclamado. Ocorre porém, no entanto, entretanto, e, para meu pranto, que nada funciona. O setor de RH da saúde não existe. A falta de respeito com o ser humano quadriplicou. O atendimento desumano ganhou força. Agigantou-se.

As contradições no setor, podem ser medidas na base do “oito ou oitocentos”. No Hospital do Câncer, existe uma uma bomba de cobalto no valor de um milhão de dólares mas falta um simples contador de cédulas . Equipamento de vital importância na leitura de exames complexos, cujo valor não chega a um mil reais.

Outro dia, comentei com um colega de trabalho: Será que o governador Binho Marques sabe disso? Provavelmente não. É por demais “técnico e burocrata” para sair do seu gabinete e ir conferir se seus assessores estão mentido. E se sabe e finge que está tudo bem, o preço pode ser alto.

A saúde, assim como a segurança, atinge pobres e ricos, mas de forma diferente. Na parte da saúde, quem tem dinheiro não tem motivos para reclamar. Temos bons médicos (os mesmos que tratam pacientes feito cachorros sarnentos na rede pública), bons hospitais e equipamentos de ponta. Há quem jure de pés juntos que muitos exames que deixam ser feitos na rede pública é negado por médicos donos de laboratórios.

Eles forçam o pobre vender a TV para pagar exames em seus laboratórios.

Enfim, meu padrasto turrão, Pedro Bernardo nos dizia que não existe essa história do corno ser o último à saber. É mais cômodo para ele (o corno) fazer crer que “não sabia”.

Mas voltando o eventual desconhecimento de assuntos tão importantes, por parte do nosso executivo maior. O preço desse desconhecimento pode ser alto, se amparados no voto, todos aqueles que precisaram de saúde pública nos últimos quatro anos, decidirem cobrar pelo que nunca tiveram.

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