sábado, 18 de junho de 2011

“Epidemia Silenciosa”

Hepatite C –  O que é ?

O vírus da hepatite C (HCV) foi isolado pela primeira vez em 1989. Até então, qualquer hepatite viral não identificada como causada por vírus A e B era denominada "hepatite Não-A, Não-B".
Só a partir de novembro de 1993 passou-se a pesquisar no Brasil, a presença do vírus em doadores de sangue. Até então, muitas pessoas que haviam recebido transfusão de sangue, adquiriram o HCV e são hoje portadoras de hepatite crônica viral. Muitas delas não apresentam sintomas e só descobrem a infecção ao doar sangue ou exames de check-up.
Ao contrário da hepatite A, a hepatite C, na maioria dos casos, evolui para uma infecção crônica (80% dos casos).
A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que, no mundo, 170 milhões de pessoas sejam portadores da doença. Os números nacionais também preocupam.

De acordo com estimativas do Ministério da Saúde, cerca de dois a três milhões de brasileiros podem estar infectados pelo vírus C, ou seja, 1,5% a 2% da população. Isso faz da hepatite C um dos mais sérios problemas de saúde pública no Brasil, sendo a principal causa de transplante de fígado no país (cerca de 40%).
As estatísticas também mostram que a hepatite C infecta hoje cinco vezes mais brasileiros que a Aids. A persistência do HCV-RNA por mais de seis meses após a infecção caracteriza a infecção crônica pelo HCV. Cerca de 70% a 80% das pessoas infectadas pelo HCV podem evoluir com infecção crônica.

O vírus:

Pertence ao gênero Hepacivirus da família Flaviviridae, sendo seu genoma constituído por uma hélice simples de RNA.

 Existe uma grande variabilidade na seqüência genética do HCV. As amostras isoladas em todo o mundo foram agrupadas em 6 genótipos, sendo no Brasil, mais freqüentes os genótipos do tipo 1 e 2. Dentre esses, o genótipo 1 caracteriza-se pela maior resistência ao tratamento antiviral. Estima-se que a prevalência da infecção crônica pelo HCV esteja ao redor de 1% da população em geral.



Indicadores Bioquímicos de Infecção pelo Vírus da Hepatite C

A esquerda, imagem de um f[igado normal. a direita, infectado, já com cirrose e necessitando de tranplante

Na hepatite C crônica, há um aumento da ALT e da AST, que varia de 0 a 20 vezes, o mais comum sendo menos do que 5 vezes mais alto que o limite considerado normal.
 Os níveis de ALT estarão normalmente mais altos do que os de AST, mas este quadro pode ser revertido, caso ocorra em pacientes com cirrose.
 A Fosfatase Alcalina e os níveis de Gama Glutamil Transferase são, na maioria das vezes, normais.Se estiverem elevados, pode ser indício de cirrose ou outras alteraçoes metabólicas e/ou biliares.
 Fator reumatóide e baixa de plaquetas e glóbulos brancos podem indicar presença de cirrose ou doença avançada. Níveis de Albumina e tempo de Protrombina são normais, exceto se houver fibrose acentuada.  Níveis de Ferro e Ferritina podem estar ligeiramente alterados.

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