quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Agora prostituição recebe nome de “escrava do sexo”

Será que as mulheres resgatadas das

minas no Peru, são mesmo escravas?


Vejo com muitas reservas e desconfiança, essa operação de resgate de quase 300 mulheres de uma área de mineração na Província de Madre de Dios, no Peru, como se fossem escravas sexuais, escravas brancas e outros tipos de segregações.
Aposto dois contra um (exceto as crianças) como a mulher adulta, não está se prostituindo porque esteja sendo forçada, obrigada ou explorada. Não tenho medo de cometer equívocos ao afirmar; Essas mulheres estão lá por livre iniciativa. Para exercer a prostituição e ganhar dinheiro.Os motivos de cada uma, não são realmente da nossa conta.
Sou filho de Rondônia e ainda adolescente viajava com meu padrasto, uma espécie de garimpeiro e mascate que nunca teve sucesso como comerciante, porque tinha um coração enorme. Vendia fiado para quem não tinha  coração.
Sempre levou “tombos” homéricos e a malária contínua o deixou impossibilitado para trabalhos pesados. Enfim, na região do Aripuanã, onde meu padrasto centralizava seus negócios haviam pelo menos dois bordeis, repletos das mulheres mais bonitas e jovens que haviam nos inúmeros “puterios” de Porto Velho.
Lógico que, em um mercado bastante competitivo, as mais jovens e bonitas levavam vantagens sobre as de mais idade e pouco beneficiadas pela natureza. Essa turma (do segundo escalão) geralmente se amigava com garimpeiros ou arranjava trabalho de cozinheira nas diversas frentes de serviços que se formam ao longo dos "grotões" ou “currutelas”.
Para quem não conhece, grotões ou corrutela é um determinado trecho do igarapé que está sendo explorado na caça da cassiterita.  Nestes pontos se aglomeram  grande número de garimpeiros. Ali surgem da noite para o dia, pequenas tabernas, quiosques, açougues... Há trabalho para todo tipo de ofício. Até para as prostitutas que não conseguiram  clientes nos bordes da pista. Localizados entre ou demais comercios que se formam ao longo das laterais da pista de pouso de aviões. Neste ponto do garimpo é grande ir e vir de pequenas aeronavais, únicos meios de transportes desses longínquos logradouros encravados em meio à floresta.
 De um lado a outro da pista, aparecem os mocambos, guetos, comércios, açougues, bares, magazines e muitos “puteiros”. Nesses puteiros também chamados de bordeis ou cabaré, as mulheres pagam aluguel do quarto onde moram, pagam a comida, a bebida e um percentual pela “chave”. Isso é,  quando deixa o salão e levam os parceiros  para fazer sexo no quarto. O "pagamento" da chave é portanto um percentual  previamento acordado ou determinado pelo proprietário do puteiro..A preço de hoje, algo em torno de 15 ou 20 reais, por exemplo.
Geralmente  nos garimpos não existem qualquer tipo de segurança pública. Por isso se tornam refúgio natural de delinqüentes de todo país. Profissionais de pistolagem e fugitivos de justiça. Tudo como no Velho Oeste. As mulheres (prostitutas), mesmo sendo exploradas pela exorbitância no preço que pagam para morar e comer no bordel, não reclamam.  E tampouco são impedidas de ir e vir.
Não existe essa estória de "escravas brancas" ou "escravas sexuais". Estão alí por livre e espontânea vontade. Para exercer a profissão de prostiturta e ganhar dinheor. Só isso.  As razões de cada uma, para justificar a vida que levam, não está nessa pauta. Mas é essa é a realidade em todos do garimpos do pais e logicamente no Peru, não é diferente.

Um comentário:

Anônimo disse...
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