Quebrando o Silêncio

Brasil, a republiqueta da impunidade

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."

Rui Barbosa fez este desabafo em 17 de dezembro de 1914, por tanto, há 99 anos, já éramos essa bosta de republiqueta que uns poucos fanáticos se orgulham dela. Somos o País da impunidade, herdeiros de uma legislação feita por bandidos para beneficiar bandidos.

Nossa Constituição, lida a luz da realidade é uma grande sátira. Uma piada. Não somos iguais perante a lei, Nossos direitos básicos não são respeitados. Saúde, educação, segurança e lazer, é luxo para poucos.

 Gastam-se fortunas em projetos para retirar crianças das ruas. O dinheiro acaba e as crianças continuam nas ruas por falta de dinheiro. E antes que um filho da p. qualquer venha querer jogar merda no meu ventilador, saio da defensiva e vou direto ao ataque... Quero que cv se f...

E se alguém está interessado em saber o porquê dessas “revolta”, é por saber que há 99 anos, já era assim e portanto, não se trata da administração de Dilma, Lula, FHC ou Collor de Melo.

Vejam quantos exemplos  de corrupção e impunidade: Um dos maiores esquemas de corrupção, ladroagem velada e escancarada, "O Mensalão" termina com punições simbólicas de ladrões “pé de chinelo” de colarinho branco. Criaram-se mecanismos tacanhos que beneficia diretamente o rico e, mandam para presídio quem não pode pagar a fiança determinada a “bel prazer” de um delegado boçal e recalcado. Um "cagãozinho" que se acha!

Quem assistiu a reportagem especial de Marcelo Rezende domingo pela Rede Record de Televisão abordando os grandes crimes, que tiveram repercussão nacional cujo autores continuam impunes até hoje, sabe do que estou falando.

Três “ski reds”, obrigam dois jovens pular de um trem em movimento. Um deles  morre e o outro perde o braço direito. Os criminosos estão em liberdade “esperando a decisão da justiça”.
Uma jovem advogada foi morta por cinco PMs e seu corpo ocultado. São doze anos de espera e os criminosos trabalhando normalmente nas ruas de São Paulo.

Um playboy bêbedo atropela e mata, dois garis e deixa outro mutilado. No banco traseiro do carro, vários litros de bebidas que o corvo togado apelidado de advogado, insiste em dizer que "não eram do meu cliente". Uma vergonha para os profissionais decentes. Que  merda de Pais é esse? Onde as autoridades mentem descaradamente para a própria Justiça?

Viram o caso de Eliza Samudio? Macarrão, considerado culpado pelos crimes de “coautor” de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, foi “condenado” a 15 anos de prisão. Como já cumpriu dois anos e meio e será beneficiado pela lei dos bandidos, logo mudará de regime, e no máximo em quatro, cinco  anos, estará nas ruas "espalitando" os dentes.

A praga da impunidade em nossa republiqueta é institucional. No Acre, dois pedófilos foram agraciados com a liberdade pelo desembargador amigo, depois de outra desembargadora, haver negado o mesmo pedido.

O pistoleiro Martins Martiniano de Oliveira, 49 anos, contratado para assassinar o médico e agiota Abib Cury, foi preso em Manaus para onde havia fugido após praticar o crime no Acre. Foi solto por um desembargador convencido de sua "inocência" após receber R$ 40 mil. Rcapturado,o pistoleiro foi recambiado para o presídio Antônio Amaro Alves (em Rio Branco-Ac) onde, de maneira injustificada após pagar 40 mil pela liberdade, comete suicídio dentro do presídio.

A morte do pistoleiro inocentou os mandantes do crime. Não havia mais testemunha de acusação. Todos foram libertados após poucos dias na cadeia. Uma vergonha!

Meu Deus! São tantos exemplos que daria uma coleção de livros abordando o tema  corrupção, ladroagem e impunidade.

Cada um pense o que quiser, não quero seguidores de minhas ideias. Apenas quero testar e comprovar se realmente temos direito a expressão da palavra e do pensamento. Também não vou surpreender-me, se chagar na minha casa, um oficial de Justiça com Mandado de Prisão, por eu ter  "desacatado as instituições". Uma podridão nauseabunda.