segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Espertalhões



Espertalhões do Preventório voltam exigir
responsabilidades dos poderes públicos

Vejo pela enésima vez a “lenga-lenga” de moradores das áreas de risco nos bairros Dom Giocondo e Preventório reclamando da omissão dos poderes públicos, pelos riscos de morrerem soterrados em caso de desbarrancamento das margens do Rio Acre.
A única omissão que realmente pode ser reclamada é o fato do Poder Público permitir novas ocupações após o remanejamento das famílias que vendem casas ou terrenos doados pelo município e retornam para o mesmo local de onde saíram. A prefeitura não coíbe esse retorno e aí está à omissão que deve ser reclamada.
Já presenciei pelo menos em duas oportunidades a mudança dessas famílias para áreas seguras, longe dos riscos das cheias e desmoronamentos. 
Na primeira vez, na década de 80, dezenas de famílias ganharam lotes com embriões de casas no Conjunto Nova Esperança. Em menos de um ano, todas haviam vendido as casas e retonado aos barrancos sob a legação que era no centro. Que ali não pagam pelo consumo de água nem de energia elétrica.  Tudo era clandestino.
Noutra oportunidade às famílias foram retiradas as pressas e levadas pelo município para o recém-criado bairro Jorge Lavocat.  Uma área da COHAB (Estado), doada ao município para fins sociais. A chiadeira foi geral. Esqueceram os “reclamões” que a falta de estrutura era por ser uma mudança emergencial. Todos abandonaram, os lotes e retornaram aos barrancos do Preventório.
Agora voltam a “cantinela" que estão em perigo e reclamam da omissão dos poderes públicos. Isso é oportunismo! Prédios e casas comerciais da Rua Floriano Peixoto já receberam intervenção para não desaparecer do mapa levando tudo de “barranco a baixo”, inclusive o tradicional Colégio São José. Tudo motivado pelo desperdício e mau uso das águas servidas. Ações típicas de quem não paga. 
De que omissão essa parcela da população está falando? 
Aposto e pago pra vê. Se forem retiradas, em menos de seis meses retornam novamente para o mesmo local e na próxima enchente, estão cobrando providência dos poderes públicos. Uns espertalhões se querem saber...(foto ilustrativa retirada do site www.ac-24horas)